segunda-feira, junho 22, 2009

Sete dicas para combater a estupidez humana.

I - Nunca subestimes um estúpido. A estupidez é na verdade e lamentavelmente o grande motor do circo a que chamamos o mundo, e está na origem da maior parte dos mais catastróficos acidentes da história da humanidade. Se há um desastre, uma guerra, uma peste, uma praga, uma chacina, uma vergonha, uma desgraça qualquer, num dado momento do tempo, o evento tem grandes probabilidades de ser devido a um estúpido de merda, que não sabe o que está a fazer e isto leva-nos à segunda dica, que é:
II - Um estúpido nunca sabe o que está a fazer, pelo que deves retirar-lhe todas as competências. É triste e muito perigoso que as pessoas que não são estúpidas sejam preguiçosas ao ponto de atribuir tarefas aos estúpidos. De confiarem neles! Não se pode confiar no estúpido porque é impossível determinar quando é que ele vai fazer algo de estúpido, sendo certo que o fará no pior momento possível.
III - Não tenhas pena do estúpido. Um estúpido é um bruto e deve ser tratado com a barbaridade que merece. Um dos erros mais frequentes das pessoas que não são estúpidas é o de se apiedarem dos estúpidos. Acontece que os estúpidos são geralmente culpados da sua estupidez, porque ninguém pode nascer assim tão estúpido e além disso a maior parte dos seres humanos que sobrevivem à superfície deste planeta são da classe dos estúpidos e não podem os poucos que não o são conseguir misericórdia para tanta gente. Os que não são estúpidos estão demasiado ocupados a solucionar ou a ignorar os problemas que os estúpidos criam, pelo que, a propósito:
IV - Uma boa maneira de combater a estupidez é ignorar os estúpidos e as suas façanhas, a não ser que os estúpidos façam algo de tão estúpido que os que não são estúpidos sejam forçados a intervir.
V - Tem sempre em mente que a estupidez é imoral. Por norma, o estúpido é um moralista. Como o ignorante é arrogante da sua ignorância, o estúpido é orgulhoso da sua estupidez. Tem opiniões éticas e imagina que tem senso comum. O estúpido, quando for grande, quer ser juíz de comarca ou sacristão de paróquia. Acontece que um estúpido não tem legitimidade para tecer juízos morais nem mandato para avaliações de carácter, nem autoridade para posições éticas: não há nada mais imoral do que ser-se estúpido e assim,
VI - O estúpido deve sempre estar calado e, se possível, quieto. Nunca por nunca dês a oportunidade da palavra a um estúpido e, sendo que os estúpidos são geralmente uns seres que não sabem estar parados, tenta condicioná-lo a um perímetro-colete-de-forças. Se o estúpido fala, acabou-se a razão, se o estúpido tem rédea solta, o caos instala-se.
VII - O estúpido é avarento ou é ganancioso, não lhe dês troco. A cobiça, a inveja, a avarez e a ganância são traços personalísticos comuns aos estúpidos que são também, sem excepção, de uma mesquinhez teimosa e entediante. O melhor que tens a fazer é evitar dar esmola a um estúpido, porque ele vai logo pensar estupidamente que estás obrigado a dar-lhe esmola até ao fim dos tempos. Nunca lhe emprestes dinheiro, senão o estúpido pensa que tu não precisas da guita e nunca mais te devolve a quantia que com esforço reuniste para lhe emprestar. Outra coisa desaconselhável é entrares em negócios com estúpidos. Nunca vão perceber coisa alguma do negócio, mas vão querer ser sempre os primeiros a receber os dividendos. Mais a mais, um estúpido procura invariavelmente a glória de enganar alguém que não é tão estúpido como ele. Acautela-te e não dês gorjeta à estupidez.