sábado, junho 09, 2012

A bela e o monstro.



Federer é o aristocrata. Um cavalheiro e um estilista que parece de facto mais interessado em ser belo do que em sair vencedor. Djokovic é o operário. Dá a impressão que preferiria o ring ao court. Dá a impressão que não está completamente satisfeito com a sua posição de plebeu número um do atp. Joga como quem quer subir na vida.
Os dois realizaram ontem, na poeira solar do court central de Roland Garros, uma espécie de revolução francesa, para entertenimento de alguns milhões de estetas.
O resultado de 6-4, 7-5 e 6-3 - que transporta Djokovic para a sua primeira final de Roland Garros - pode dar a ideia de um encontro dominado pelo Sérvio. Mas os momentos de génio destas meias-finais foram todos do suíço, um autêntico cisne, que vai cantando a sua última canção.