segunda-feira, maio 12, 2014

Estrada para a perdição.

Passam as horas, a angústia não.
Envelhece comigo esta moinha danada, pesada
nuvem de monção.

Passam os dias, a desventura não.
Permanece dorida a alma penada, panada
com penas e alcatrão.

Passam os anos, o desespero não.
Fica comigo a insónia após a madrugada, acordada
em aflição.

A vida passa, o destino não.
Permanece imutável na velocidade disparada da estrada
para a perdição.