quinta-feira, agosto 06, 2015

O cinema como deve ser o cinema.



Confesso que sou um ignorante e um imbecil. Mas, desde ontem, sou um pouco menos ignorante e, assim, talvez menos imbecil do que fui até aqui. Apesar de Stanley Kubrick ser, de longe, o meu cineasta preferido, nunca tinha visto este filme absolutamente lindo. Este filme absolutamente irrepreensível. Este filme obra prima, que data do ano paleolítico de 1975 mas que bomba como se fosse um épico do século vinte e dois. A quantidade incrível de momentos de perfeição plástica que cabem nestas 3 horas de génio não tem paralelo em nada que tenha visto na vida. E a história gloriosa e dramática deste oportunista filho da mãe, a ascenção e a queda deste operático boneco de trapos que é Barry Lyndon, vale por não sei quantas décadas de merda e mais merda que temos que suportar na senda de um filme que realmente valha a pena ver.
Quem gosta de cinema tem aqui uma espécie de subida aos céus. Um bocadinho de eternidade.