sábado, junho 02, 2018

É isto tudo.

"Na eutanásia, como nas legalizações do casamento homossexual, da “interrupção voluntária da gravidez”, do consumo de drogas leves, da prostituição e do que calha de ser considerado “fracturante”, recorre-se ao isco da “liberdade” para consumar o que afinal é um processo de nacionalização dos comportamentos. Na vastíssima maioria das situações, as pessoas conseguem matar-se, dormir com pessoas do mesmo sexo, abortar, injectar silicone, consumir haxixe ou terebentina e frequentar casas de meninas às segundas, quartas e sextas sem obstáculos relevantes e, sobretudo, sem necessitar que o Estado seja informado a respeito. E é esse pormenor que apoquenta a esquerda.
A esquerda, por tradição e vício, nunca se ofendeu com o constrangimento das acções de cada cidadão: o que a ofende é que o cidadão as pratique à revelia de um poder idealmente ominipresente, para não dizer totalitário."

Alberto Gonçalves . Observador .  O Direito a viver sem dignidade . 2-6-18