quarta-feira, junho 20, 2018

Um regresso à rua.
































































Somos nómadas. De rua em rua, de aventura em aventura. Somos nómadas. De década em década, de feito em feito. Sonhamos as artes de rua e a obra nasce em movimento porque somos nómadas. Somos o vai e vem, o volta ou não volta, o entra e sai, o fica e o vai: percorremos Palmela com o mesmo passo apressado, o mesmo passo quântico e astronómico com que fazemos as milhas do mundo. Somos nómadas. Somos o circo, o teatro, a dança, o canto e o silêncio; a máscara e a calçada e somos estas coisas todas ao mesmo tempo e em vários tempos, no mesmo palco e em todos os palcos. Persistimos na caminhada. Somos nómadas. Estamos aqui e ali, vamos além e acolá. Seguimos pelo trilho sem destino. Pelo caminho sem fim. Somos nómadas pelo espaço e pelo tempo, por cantos e recantos, por becos e enseadas, sem respeito por fronteiras, sem medos e sem mapas, porque o único mapa é a vida. Vamos com ganas de glória e sem vaidade nenhuma e ano após ano, continuamos. Vamos pela estrada mais difícil, pela rota mais perigosa, que é a da liberdade.
Seja bem vindo à enésima edição do FIAR. O Festival sem número nem lugar, sem zona de conforto nem razão p'ra estar morto.
Estamos vivos. Somos nómadas. Seguimos em frente. E é assim.

Direcção do Festival: Dolores de Matos . Fotos: Alexandre Nobre . Texto e Design Gráfico: Partícula