sexta-feira, abril 01, 2016

Era completamente capaz de me suicidar, agora.

Eutanásia para aqui, eutanásia para ali, mas
ninguém fala das pessoas que não estão terminalmente doentes e que,
mesmo assim,
gostariam bastante de morrer.

E ainda bem que ninguém fala disso.
Imaginem o Paulo Hasse Paixão na capa da Caras a dizer:
Quero morrer mas não tenho coragem.

Que infinita desgraça.

A felicidade aqui é a de ninguém ter interesse no interesse de morte
do Paulo Hasse Paixão.

Morrer deve ser das coisas mais bonitas que a vida tem.
Só que, para morrer limpinho, em batalha contra os outros ou em batalha contra nós próprios,
é preciso ter uns tomates do catano.

E os meus tomates não são tão grandes como a minha vontade de fim.
Nem pouco mais ou menos.
E não há guerras no mundo que aguentem um tipo de 49 anos e que nunca fez tropa.

Quem tiver por aí uma pistola que queira vender a preço módico
(é necessária apenas uma bala),
Por favor queira contactar o autor deste texto pelo email:
hassepaixao@yahoo.com

Muito e muito obrigado.