quinta-feira, dezembro 31, 2020

Mensagem de Ano Novo para os académicos de todo o mundo:

Em vez de doutrinarem as criaturas em marxismo, ódio racial, ódio sexual e apocalipses climáticos, ensinem as matérias que são pagos para ensinar. Ensinem história se ensinam história. Ensinem filosofia se ensinam filosofia. Ensinem matemática se ensinam matemática. Não tentem educar as massas (a educação é tarefa dos pais e não dos professores) nem preparar os revolucionários do futuro (porque é muito provável que os revolucionários do futuro acabem por levar-vos à guilhotina que vocês ajudaram a montar). Parem já com o revisionismo histórico e a reinvenção do materialismo dialéctico e limitem-se a papaguear os ensinamentos que outros mais elevados seres humanos deixaram como legado e que vos cabe apenas repetir. De resto, refastelem-se nos vossos confortáveis e barrigudos estilos de vida e agradeçam esses privilégios aos deuses - que vos permitem a desnaturada existência, e à sociedade - que vos paga a alta burguesia.

quarta-feira, dezembro 30, 2020

Mensagem de Ano Novo para as elites de todo o mundo:

Se têm ideias para mudar a sociedade, submetam-nas ao voto. E depois logo se vê se a malta gosta das vossas ideias ou nem pouco mais ou menos. Caso contrário, Bill Gates de todo o mundo, façam o favor de ir bardamerda.

Mensagem de Ano Novo para os jornalistas de todo o mundo:

Reportem os factos e deixem as opiniões para quem tem estatuto e inteligência para ter opiniões. E aprendam código, para que o dinheiro dos meus impostos não sirva para subsidiar a vossa desgraçada condição de inaptos tecnológicos e mentirosos profissionais.

Mensagem de Ano Novo para os técnicos de saúde de todo o mundo:

Parem de se armar em vítimas, parem de exigir confinamentos, parem de ensaiar coreografias complicadíssimas para brilharem no Tik Tok e façam a merda do vosso trabalho. E façam-no o mais silenciosamente que vos for possível, ò cambada de párias.

quarta-feira, dezembro 23, 2020

Homilia de Natal #08

"Those who would give up essential liberty to purchase a little temporary safety deserve neither liberty nor safety."
Benjamin Franklin
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Nem imaginas a sorte que tens
por teres nascido quando nasceste. Foste poupado a guerras de cem anos e a fomes generalizadas, pragas épicas (daquelas a sério, que levavam 30% das almas para o inferno), e vilanias e padecimentos de toda a ordem que tornavam a vida perigosa e bastante desagradável aos azarados que nasceram um século ou dois antes de ti, se, para efeitos retóricos, for necessário recuar assim tanto no tempo.

Ainda por cima, pariram-te em Portugal, praia ocidental solarenga e pacífica, onde não se exige grande coisa de ti para além do voto no partido socialista; território condescendente perante as tuas falhas de carácter, as tuas preocupações despreocupadas, as tuas preguiças de estimação, as tuas eruditas opiniões sobre ti próprio e os teus  ignorantes conceitos sobre tudo o resto e as tuas iludidas certezas sobre o futuro e onde consegues ainda comer e beber como Pantagruel no paraíso.

E repara que basta alterar um dos factores que fazem brilhar a tua boa estrela para que as coisas se compliquem dramaticamente. Por exemplo, se tivesses nascido no mesmo dia e na mesma hora em que nasceste mas na Libéria em vez de Portugal, é garantido que os teus problemas existenciais, tanto como os teus nobres ideais humanistas, sofreriam muito provavelmente um radical desvio pragmático.

Na mesma linha de raciocínio, se tivesses persistido no luso berço, mas fosses aparecido no século XIX, o destino que te ia muito provavelmente calhar na lotaria ontológica seria o de escravo rural, analfabeto miserável e insignificante, servo da gleba pós-medievo num país muito marginal, muito pobre, muito ignorante e em constante guerra civil.

Como vês, até para ser um sapiens tão normalóide e insignificante e insubstancial como tu, é preciso ter nascido com o cu bem viradinho para a lua.

Felizmente para ti, não precisaste de morrer com as tripas de fora numa trincheira do inferno da Flandres de forma a garantir que os teus filhos e os teus netos permaneçam dentro do quadro material e cultural da civilização mais bem sucedida da história universal dos parcos e difíceis sucessos do homem.

Felizmente para ti, não foi necessário matares ninguém para te libertares dos diversos jugos, das incontáveis vilanias, das indescritíveis injustiças que preenchem a tinta vermelha a cronologia hominídea. 

Felizmente para ti, nunca serviste no Arquipélago Gulag. Nem nunca tiveste que escoltar os judeus ao duche. Não foste vítima nem carrasco, nem culpado nem inocente caíste no tenebroso palco de horrores com que os deuses se divertiram connosco, durante séculos e séculos sobre séculos. Não foste chacinado por tártaros, escravizado por cartagineses, espoliado por romanos ou pirateado por vikings. Não dependes de boas colheitas para atafulhar o frigorífico e não se crucificam pessoas no mercado do teu bairro e a tua mulher não tem que andar na rua enfiada num saco negro e o teu marido não tem que manter um impossível harém de gajas que estão ali apenas para serem fornicadas (pesadelo sensual e logístico do caraças).

Felizmente para ti, não sujaste as mãos na lama da história. Mas podias ao menos aprender com ela. Podias ao menos mostrar alguma gratidão por aqueles que te deram o direito, que te deram a liberdade e que criaram, com suor e sangue e lágrimas e sofrimentos que não sabes imaginar, as condições inauditas de prosperidade, segurança, conforto e acesso ao conhecimento que tu tens agora.

E assim, iludida criatura, sempre que fragilizares, recusares e traíres a civilização em que foste criado, assegura-te que outra existe que te dê aquilo que estás  a entregar desbaratadamente. Assegura-te que o sítio para onde te levam os teus queridos líderes, no grande salto progressista e ecológico e higienizado e equalizador e politicamente correcto que querem que tu dês, não é apenas e como quase sempre, mais um campo de concentração.


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"And if you think tough men are dangerous, wait until you see what weak men are capable of.”
Jordan B. Peterson

Xmas Sound Track #06

 

Bear's Den + Paul Frith
. Crow . Fragments

To The Lake ou a série anti-Marvel.

A melhor série televisiva deste ano epidémico tinha que ser um série apocalíptica, infelizmente. Mas felizmente, é russa. Ou seja, declina os tiques politicamente correctos e vai em frente com a vontade de contar uma história no sentido clássico do termo. Com personagens que não pertencem ao universo esquizofrénico e artificial de super-heróis ou de justiceiros sociais ou de transexuais ou de neo-marxistas com vontade de mudar o mundo para muito pior. Não. Não é disso que se trata. Trata-se de um drama com personagens com que te podes identificar. Podes gostar deles ou não, mas estão carregados de humanidade. São homens e mulheres que já encontraste na vida. Simpatizas com eles. Antipatizas com eles. Como deve ser. Recomendo estes magníficos oito episódios, vivamente, a quem gosta de bom entretenimento. Porque foi para criar bom entretenimento que foi inventada a televisão.

segunda-feira, dezembro 21, 2020

Homilia de Natal #06


A campanha mais imbecil de todos os tempos.

Está na rua uma campanha do Ministério da Saúde que bate todos os recordes de estupidez em comunicação. Não me lembro na minha vida de publicitário de nada assim tão néscio.

A mensagem que passa, carregada de um ataque de sinceridade que reflecte o mais completo desprezo pelos direitos e liberdades dos cidadãos - e pela qualidade de vida da população - é a de que os sacrifícios que estamos a fazer, as limitações abstrusas que nos estão a ser impostas, o fascismo a que estamos a ser sujeitos, tem como fundamental razão de ser... O bem estar dos técnicos do Serviço Nacional de Saúde. 

Tudo isto não tem a ver com salvar vidas. E pelos vistos, já nem tem a ver com a salvação do Serviço Nacional de Saúde. Tudo isto tem a ver com o volume de trabalho que o sindicato dos enfermeiros e a ordem dos médicos considera razoável.

Portanto, se em Portugal acontecer, por exemplo, um terramoto devastador, já sabemos que as vítimas do cataclismo têm que aparecer no hospital de forma ordeira e em pequenos grupos, para que médicos e enfermeiros não tenham perturbações no seu calmo e natural fluxo de trabalho.

Se o país se vir envolvido, num futuro mais ou menos próximo, num conflito militar cujo palco inclua o território nacional, os soldados e os civis terão primeiro que pensar em não atafulhar as urgências dos hospitais. 

Se os portugueses forem contagiados por uma doença infecciosa relevante, do género que mate de facto uma quantidade significativa da população, ficam desde já a saber os infelizes infectados que sobretudo devem morrer em casa e, preferencialmente, sem assistência médica, por forma a que a aristocracia clínica não seja sujeita à barbaridade das horas extraordinárias.

Não há nada mais importante que manter os técnicos de saúde felizes, livres de stress e com tempo para cumprirem os seus hobbys. E por isso, eles concedem um agradecimento generoso e altruísta, nesta campanha magnífica.

Sinceramente, não consigo imaginar, por muito que me esforce, que haja gente no mundo assim tão estúpida que aprove uma coisa destas. Se algum efeito vai ter, para além da constatação de que somos governados por atrasados mentais, é precisamente o oposto do que se pretende. É precisamente o efeito de ficarmos ainda um bocadinho mais desconfiados, um bocadinho mais zangados, com os profissionais do SNS.

Homilia de Natal #05

Cancelar o Natal, a liberdade, a prosperidade, o estado de direito e tudo à volta.

 Porquê?

sexta-feira, dezembro 18, 2020

Xmas sound track #03



The Elwins . 1971

Medo de tudo.



Apesar de vivermos sem dúvida na era mais pacífica da história universal do ódio, apesar de residirmos num dos países mais seguros da Europa e da Europa ser o continente mais seguro do mundo, as pessoas vivem embrulhadas em várias e profundas e complexas camadas de medo.
As pessoas têm, por exemplo, medo do sol. Quando chega o verão, escondem-se na sombra e chegam à praia às seis da tarde com largos chapéus metafóricos e abundantes pomadas psico-protectoras para evitarem o cancro da pele e doenças várias e imaginárias sem perceberem que a exposição solar é imprescindível à boa condição clínica da humanidade, que não bomba nada sem vitamina D, um nutriente fundamental para toda a vida mamífera (sim, meus queridos, o sol alimenta).
As pessoas têm, por outro exemplo, medo de morrer. Têm um completo e delirante medo de morrer, que vai aumentando concomitantemente com a idade, o que faz absolutamente sentido nenhum: se é verdade que a experiência conta - e de que maneira - essa virtude só nos ensina a certeza de que se há alguma realmente importante coisa que precisamos de fazer como seres vivos é ter filhos e saber morrer, calmamente, mais tarde ou mais cedo, depois disso.
As pessoas têm medo de ferir sensibilidades e as pessoas têm medo de palavras e as pessoas têm medo da velocidade e as pessoas têm medo de ir aqui e ali por causa disto ou por causa daquilo. As pessoas têm medo de serem ofendidas ou agredidas (para as pessoas é mais ou menos a mesma coisa) e têm medo simétrico de ofender com balas e agredir com substantivos. As pessoas têm medo de beber um copo a mais, têm medo do bife, têm medo do leite, têm medo das galinhas como das sardinhas; têm medo do boletim meteorológico e têm medo de vários apocalipses; apocalipses climáticos, patológicos, sobrenaturais com invasões de extraterrestres ou naturais com impactos meteóricos. Não interessa a fantasia, porque o medo é sempre real: localiza-se na jugular das pessoas e as pessoas não conseguem viver sem jugular e quem tem jugular tem medo. Além disso, todos sabemos ou devemos saber que o medo, em dose sensata, é um instrumento de sobrevivência e até, aqui entre nós, de civilização. Todos sabemos ou devemos saber, que é o medo que faz os heróis. E que dá corpo às grandes rábulas da história e da literatura. E que dá sentido à glória. E que é motor da paz, na maior parte dos casos.
Mais ainda assim, caramba, há um momento em que o medo já não é medo. É cobardia pura e dura.

Homilia de Natal #03


quinta-feira, dezembro 17, 2020

Duas galáxias com estrelas para a troca.

Uma das descobertas mais fascinantes da astronomia contemporânea é a de que as galáxias criam elos de transferência de matéria entre elas e que na verdade o vazio sideral não é tão vazio assim, já que, independentemente dos fluxos de matéria negra que podem ou não transitar no vácuo, o universo é uma rede interconexa de informação. E graças às imagens do Gaia Space Observatory e ao poder dos computadores da European Space Agency, conseguimos visualizar esse constante movimento de conexão intergaláctico. O que vais ver, gentil espectador, é o movimento projectado das estrelas das duas galáxias que estão mais próximas da Via Láctea - a Grande Nuvem de Magalhães e a Pequena Nuvem de Magalhães - nos próximos dez milhões de anos. Nesse movimento é completamente nítida a ponte que existe entre os aglomerados siderais e a troca de estrelas que nesse eixo se processa. São uns poucos segundos apenas, mas são segundos maravilhosos.

quarta-feira, dezembro 16, 2020

Da voz iniciática de Deus e outros comentários ao Genesis.

O Bispo Robert Barron é o meu padre favorito de todos os tempos. E nesta conversa sobre o livro do Genesis consegue até que Michael Knowles, que é um jovem cabotino de mediana esperteza, pareça um gajo um bocadinho mais inteligente. Vídeo super natalício e - dados os tempos que correm - super pertinente.

terça-feira, dezembro 15, 2020

Xmas Sound Track #02

 
Bear's Den
. Christmas, Hopefully

Catarina e a beleza de matar.

A prova provada de que vivemos num regime ideologicamente condicionado está no título desta produção do Teatro Nacional D. Maria II: Catarina ou a Beleza de Matar Fascistas. Se em vez de matar fascistas Catarina se visse obrigada pela sua família de assassinos a matar comunistas, que carmo e que trindade não cairiam nas páginas dos jornais? Sim, se o D. Maria II levasse ao palco uma peça que se chamasse Catarina e a Beleza de Matar Comunistas (que são tão fascistas ou mais fascistas que os fascistas que a Catarina tem que matar), que incomensuráveis indignações pelejariam pelas redes sociais? Que vontade censória não triunfaria imediatamente nos corredores do Ministério da Cultura? Que apoio financeiro seria consignado à produção de tal horror? Que orçamento geral do estado poderia receber a conivência do Partido Comunista Português?


 
Eu bem sei que, entre as várias e militantes ambiguidades presentes no texto de Tiago Rodrigues, a moral dramatúrgica parece incidir na condenação, mais ou menos tímida, mais ou menos dialéctica, do assassinato por motivação política. Mas isso não invalida de todo o meu argumento, porque se alguém tivesse a coragem de escrever e encenar uma Catarina e a Beleza de Matar Comunistas, toda a gente se recusaria a investigar sequer a moral da história. Toda a gente ia partir logo para o insulto e a censura e o cancelamento da liberdade de expressão. Porque a liberdade de expressão, em Portugal - e cada vez mais no todo do Ocidente - só existe para aqueles que não valorizam a liberdade de expressão. Para aqueles que a combatem em nome de um ideal essencialmente comunista: a igualdade. E como igualdade e liberdade são conceitos organicamente antagónicos, ninguém conseguiu ainda inventar um modelo social que os harmonize. Acontece apenas que a brigada igualitária está, nitidamente e apesar de todas as catastróficas evidências históricas, a ganhar o campeonato ideológico. E a ganhar sem que ninguém se levante para dar luta. Porque as direitas dos regimes ocidentais - a existirem - desistiram, há muito, de lutar.

Homilia de natal #02

domingo, dezembro 13, 2020

Warp Drive: parece que o cosmos tem uma via rápida.

A acreditar no postulado de Einstein, as leis da física impossibilitam viagens siderais a velocidades superiores à da luz. A não ser que. Há sempre um a não ser que e neste caso, a excepção é esta: se encontrares uma maneira de deformar o tecido do espaço-tempo, abres a caixa de pandora do livre trânsito intergaláctico. Fantasistas de todo o mundo têm chamado "Warp Drive" a esta possibilidade impossível. Acontece que, como muito bem explica Sabine Hossenfelder, professora de física teórica no Frankfurt Institute for Advanced Studies, o Warp Drive é, entre os sonhos mais loucos da ficção científica, o mais sensato, já que tem sustentação matemática e encaixa no modelo standard da física contemporânea. Mais a mais, um paper recente de Alexey Bobrick e Gianni Martire, do Advanced Propulsion Laboratory at Applied Physics, resolve uma boa parte dos problemas que a hipótese levantava (entre os quais as forças G a que seriam submetidos os tripulantes de uma nave que se desloque a velocidades insanas deste género), contribuindo decisivamente para levarmos a sério a possibilidade de viajar no espaço sideral como quem vai ali e já volta. Senão vejamos:

Xmas sound track #01


The Moth And The Flame
. Only Just Begun

Homilia de Natal #01


segunda-feira, dezembro 07, 2020

A discoteca da minha vida #75: "Get Ready", New Order.

Toda a gente que gosta de New Order vai ficar ofendida por eu eleger um disco deles que data de 2001. É verdade que Bernard Sumner e companhia estão metidos em gloriosas trips desde o paleolítico tempo em que Ian Curtis era funcionário público; é verdade que os Joy Division nem sequer fazem parte desta discoteca e que isso é já por si altamente ofensivo; é verdade que depois do Ian ter passado para o outro lado, os rapazes continuaram a fazer ópera electrónica da melhor que há; é verdade que o meu critério é muito duvidoso e é verdade, enfim, que as coisas são como são: o meu disco preferido dos New Order é "Get Ready", o sétimo a contar de 1981.

Retratos da escumalha que está a mudar o mundo.

Andy Ngô, o determinado e corajoso repórter de Portland que desde 2016 tem vindo a denunciar, através de poderosos documentos vídeo, a violência extrema de grupos radicais como a Antifa e o BLM (ele próprio já foi vítima, por diversas vezes, dessa violência), recolhe pacientemente, na sua conta de Twitter, as mugshots dos activistas/terroristas que vão sendo presos (para serem soltos logo a seguir). Vale a pena olhar para estes rostos, porque estes são os soldados da revolução que vai mudar o mundo. E olhando para eles, percebemos bem que não vão mudar o mundo para melhor. 








 

 

Isto sim, é uma corrida de Fórmula 1.

Ninguém pode dizer que o Grande Prémio de Sakhir tenha sido uma seca. Com Hamilton de fora por causa da gripe chinesa (os deuses do automobilismo concederam-me um pequeno e efémero desejo), e Russel catapultado de um dos carros mais lentos para o carro mais rápido da competição, tudo estava em aberto. Russel superou Bottas na partida e tudo indicava que ia conseguir a sua primeira vitória em F1, mas uma paragem cerebral dos rapazes da Mercedes que se fritaram completamente num pitstop que fica para a história da imbecilidade humana, ofereceu a vitória ao brilhante Sergio Perez, que na segunda volta se encontrava no último lugar, depois de ter sido tocado por Leclerc, e que fez uma corrida absolutamente espantosa.
Houve de tudo, neste grande prémio. Emoção a rodos, ultrapassagens à farta, incidentes e acidentes, recuperações épicas, a desilusão de Russel, a felicidade de Perez, a estupidez humana a bombar loucamente na garagem da Mercedes, enfim, os ingredientes todos misturados caoticamente para um grande prémio como deve ser.
Em 17 corridas da época de 2020, duas valeram mesmo a pena. Não se pode dizer que tenha sido uma boa média. Mas esta segunda passagem pelo circuito do Bahrain, que passou a clássica do automobilismo num instantinho, compensou qualquer coisa pelas centenas e centenas de voltas super aborrecidas desta temporada.

domingo, dezembro 06, 2020

Das duas, três:

Ou as leis da mecânica quântica não são constantes, ou há qualquer coisa de errado com a ideia que temos da realidade física. Um novo teorema

mesmo interessante, para não dizer explosivo, sobre os limites do conhecimento, na Quanta.

A stylized atom surrounded by concentric shells of increasingly complex organisms.

E é assim.

quarta-feira, dezembro 02, 2020

Um arrepiante sinal dos tempos.

Não vou abrir o vídeo aqui no blog. Não aconselho ninguém a vê-lo. Mas para não desconfiarem do que vou dizer a seguir, a coisa está aqui. E a coisa é obscena. A coisa é a história de uma rapariga cuja ambição era a de ser cega. Foi ao psicólogo e o psicólogo disse-lhe que se a ambição dela era ser cega, o remédio era cegar-se. E ela cegou-se com um produto que serve para desentupir as canalizações. E agora está toda contente e orgulhosa, porque é cega. E o psicólogo, que ajudou à cegueira, também está todo contente e orgulhoso do seu imaculado e supra-ético profissionalismo.

Puta que pariu.

terça-feira, dezembro 01, 2020

De fraude em fraude até à vitória final.

2020 tem sido o ano mais fraudulento que vivi e já vivi 53 anos. Nunca tantos contaram tantas mentiras. Nunca os políticos mentiram tanto. Nunca os jornalistas mentiram tanto (estes últimos envergonham até os mais mentirosos dos políticos). E houve fraudes de todo o género. Milhares por dia. Temos fraudes solidárias como a da Time's Up, associação de caridade fundada e financiada à boleia histérica do movimento #me too por estrelas de Hollywwod e outros bichos repelentes do género elitista, que acabou por gastar os seus chorudos fundos em hotéis de luxo e ordenados multimilionários, de tal ordem que menos de 10% do dinheiro foi dedicado a ajudar realmente as vítimas de assédio sexual. Temos falsos crimes de ódio à fartazana (como são escassos os verdadeiros, obriga a narrativa a que se inventem uns tantos), como o do tristemente célebre Jussie Smollett. Temos fraudes por desinformação, fraudes por omissão, fraudes por traição, fraudes por ignorância, fraudes tantas que destaco apenas quatro, para economia da tua paciência, gentil leitor.

Primeiro aconteceu a fraude chamada Boris Johnson, personagem teatral que conseguiu convencer o eleitorado britânico a acreditar por um momento que estava a eleger um reformador e um líder minimamente conservador, que defendesse os valores da classe média e os interesses de quem nele votou e que teria a coragem para romper com a wokeness que infesta as superestruturas da sociedade britânica. Não podiam ter sido mais enganados, os bifes. E eu também. 

Logo a seguir, rebenta a fraude Covid 19 (a maior fraude de todas), de que já escrevi e protestei o bastante aqui no blog, pelo que agora refiro apenas um último episódio que oscila entre o dramático e o caricato: o acto criminoso que as lideranças do ocidente têm cometido sobre crianças e adolescentes desde março, foi finalmente assumido pelos... criminosos. Fascistas de serviço como Faucci e Deblasio admitem agora que o Covid 19 não representa qualquer perigo para criaturas abaixo dos 19 anos. E confessam até que sempre souberam disso. Optaram por mentir. Optaram por fechar as escolas. Optaram pela infelicidade das famílias e por condenar a juventude a centenas de dias de playstation e mais nada. Em nome de quê? Da pressão dos sindicatos de professores. Da conveniência política. Da fome de poder. Tucker Carlson expõe o escândalo, a falta de vergonha e a completa cedência à tentação totalitária: 

 

Depois, a propósito da morte de Geoge Floyd, rebentou em definitivo a fraude Black Lives Matter, movimento radical que parece ter convencido meio mundo que vivemos em sociedades racistas e que as pessoas que não são brancas são desfavorecidas e perseguidas e que os polícias matam negros com especial zelo e gosto lúdico e que o passado da civilização ocidental é meramente uma longa gesta de sangue e servidão e etc. etc. Todas estas premissas são factual, académica e estatisticamente falsas. Por exemplo, os números oficiais de mortos pela polícia nos EUA e os números oficiais de mortos pela polícia no Reino Unido não indicam qualquer evidência de preconceito étnico, pelo contrário.

E para terminar o ano em beleza, os deuses acharam por bem presentear o Ocidente com a fraude das eleições presidenciais americanas. E, ao contrário do que te diz a imprensa, crédulo leitor, há provas concretas de que Joe Biden roubou a presidência. Há imensas provas materiais, claras e objectivas, até. Mais do que cabem neste breve post. Já falei noutras, mas ilustro aqui e agora apenas aquela que me parece mais material, clara e objectiva.

Neste quadro, o eixo vertical conta o número de votos contados e o eixo horizontal o continuo cronológico da noite eleitoral, no estado de Wisconsin. Às duas da manhã, há uma inexplicável interrupção da contagem, quando Trump liderava por mais cem mil votos. Quando a contagem é retomada, por volta das quatro da manhã, surge um lote de cento e cinquenta mil votos que recaem quase exclusivamente no candidato Biden. E é precisamente esse estranho lote de votos que dá a vitória ao candidato democrata. 



No gráfico seguinte, referente ao estado de Michigan, acontece exactamente o mesmo fenómeno poltergeist: por volta das seis da manhã, no momento em que Trump liderava a contagem por cerca de 200.000 votos, surge um lote de cerca de 120.00 votos exclusivamente contados a favor de Biden, que o catapultam subitamente para uma posição bem mais confortável e que acabam por garantir a sua vitória neste estado.







No terceiro quadro que ilustro alargamos o espectro geográfico e notamos que, para além do Michigan e do Winsconsin, há um padrão deveras esquizofrénico na madrugada eleitoral. No estado da Geórgia, é resgistado um esmagador número de votos em favor de Biden à uma e meia da manhã, no estado do Missouri, chegamos às quatro da manhã e a relação de votos Biden/Trump é de dez para um, entre outras anomalidades estatísticas mais ou menos gritantes.

Como o processo eleitoral nos Estados Unidos não costuma decorrer com a mesma metodologia usada na Venezuela ou na Coreia do Norte, e porque não há um histórico que abra seja que precedente for para este comportamento em uníssono do eleitorado americano, os gráficos demonstram inequivocamente que há dezenas e dezenas de mandatos do colégio eleitoral que foram completamente roubados em favor de Joe Biden. Se alguém tiver uma explicação racional e sensata e que exclua a fraude para estas anomalias gritantes, que a submeta por favor para o email que é indicado na caixa superior da coluna da direita deste blog. Gostava imenso de ser convencido de que Joe Biden será o presidente legítimo dos Estados Unidos da América. Mas à luz destes números, desconfio bem que não.

Desconfio bem que a fraude, triunfante no ano de 2020 e sinal dos tristes tempos que vivemos, é bem real. E que a democracia, no sentido ocidental da palavra, está defunta.

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Para uma análise mais profunda dos padrões anómalos aqui reportados:

Anomalies in Vote Counts and Their Effects on Election 2020 - A Quantitative Analysis of Decisive Vote Updates in Michigan, Wisconsin, and Georgia on and after Election Night

2020 Election: Could Trump’s claims have merit? An analysis of voting data from Georgia, Michigan, Pennsylvania, and Wisconsin