quarta-feira, novembro 11, 2020

Aviso aos ingénuos.

Gentil leitor: podes pensar que é natural que Joe Biden, que passou uma campanha inteira enfiado na cave, tenha sido mais votado do que Barak Obama por 5 milhões de votos. Podes achar que é normal que sejam as cadeias de televisão a anunciar o vencedor das eleições, com centenas de milhões de votos por contar. Podes considerar comum que se vote por correio e que os mortos votem às centenas de milhar e que pessoas vestidas com merchandising eleitoral de um candidato contem os votos às escondidas de qualquer validação independente. Podes até admitir que milhares de lotes de votos em Joe Biden, e apenas em Joe Biden, tenham chegado às salas de escrutínio durante a madrugada da eleição. Podes viver bem com o facto das big tech, em conluio com noventa e nove por cento dos media, tenham escondido de toda a gente, com zelo acrescido pela importância do momento, o escândalo monumental de negociatas com ucranianos e chineses e toda a gente manhosa a este dos Urais que tivesse um lugar no conselho de administração para oferecer ao filho de um dos candidatos. Podes até aceitar que a censura faça parte dos instrumentos de moderação das redes sociais. E podes enfim conviver com as mentiras gritantes que te atiram para cima do jantar, durante o telejornal, sem grandes dramas.

O que não podes, porque isso seria já não revelador da tua complacência, mas sobretudo testemunho da tua ingenuidade, é pensar que a eleição de Joe Biden para presidente dos Estados Unidos da América é algo de positivo para o seu país em particular e para o mundo em geral.

As forças que propelam este movimento de captação de poder defendem a abolição da polícia, os confinamentos mais draconianos, a equalização social, a sobre-tributação, a normalização da opinião pública e respectiva instrumentalização da imprensa que seja instrumentável (e extinção daquela que recusa o condicionamento).

As forças que propelam este movimento de captação de poder não estão interessadas na classe média. Na verdade, detestam-na. Não estão interessadas na prosperidade do todo social, na felicidade individual ou no progresso da civilização ocidental, porque a desprezam.

As forças que propelam este movimento de captação de poder estão interessadas na implementação draconiana de um revisionismo histórico e antropológico profundamente fraudulento, que  armadilha os conceitos de género, raça e cultura, de forma a aniquilar os valores e a identidade dos indivíduos e dos povos.

As forças que propelam este movimento de captação de poder investem as suas mais agressivas metodologias no cancelamento das dissidências, denegrindo reputações, extinguindo rendimentos económicos e vexando publicamente aqueles que ousam dissidir.

As forças que propelam este movimento de captação de poder estão interessadas em fortalecer laços comerciais e filosóficos com as ditaduras marxistas que ainda prosperam no mapa político, e subservem com especial fervor o imperialismo chinês.

As forças que propelam este movimento de captação de poder são belicosas e coniventes com o aparelho militar-industrial americano, que nos últimos 50 anos foi responsável por um conjunto alargado de conflitos espúrios, sem qualquer resultado efectivo para além do lucro inumerável, das incontáveis vidas perdidas, do caos social e económico e da disseminação do ódio e do ressentimento em regiões do globo já por si altamente voláteis.

As forças que propelam este movimento de captação de poder privilegiam a globalização e a mão de obra barata em desfavor do bom senso e da valorização profissional, o que é homogéneo sobre o que é humano, o que é uniforme acima do que é diverso, o que é correcto e não o que é verdadeiro, a corrupção sobre a integridade, o ócio em prejuízo do trabalho, a subsidiação do indivíduo mais que a afirmação do seu potencial. A dependência e o condicionamento em vez do livre arbítrio.

As forças que propelam este movimento de captação de poder trabalham pela instalação à escala planetária de um regime revolucionário, oligárquico, totalitário, em que as elites tecnocráticas serão finalmente libertas dos condicionalismos resultantes da vontade popular e do espírito constitucional das democracias ocidentais do século XX.

E acredita, gentil leitor, não é a vontade dessa gente que tu queres ver exercida sobre o futuro dos teus filhos.