quarta-feira, novembro 12, 2025
terça-feira, novembro 11, 2025
Veterano do ‘Dia D’ diz que a Grã-Bretanha de hoje é menos livre do que na sua juventude e que não justifica o sacrifício da II Guerra Mundial.
Conservadores dorminhocos: é capaz de ser boa ideia consumir este podcast.
Para aqueles que andam a dormir em serviço, esta conversa entre os dois alexandres e Robert Barnes é capaz de funcionar como um café triplo, sem açúcar, de forma a que acordem para a realidade do regime Trump, das suas traições e dos seus falhanços e da guerra civil à direita do espectro político que está a promover e das pobres perspectivas eleitorais que está a abrir para as intercalares de 2026, se continuar a insistir neste rumo nefasto.
Distopia do Reino Unido: vítimas abandonam Inquérito sobre gangues de violadores muçulmanos por “pressão política”.
O inquérito do governo britânico sobre os gangues de violadores paquistaneses mergulhou na desordem, com quatro sobreviventes de abusos sexuais a demitirem-se do seu painel de ligação entre vítimas e procuradores, alegando "pressão política" e um "ambiente tóxico".
Depois da substituição demográfica, a destituição funcional: Amazon vai substituir mais de meio milhão de trabalhadores por robôs e IA.
Alemanha: Sírios envolvidos num crime a cada 39 minutos.
Nocturnos #06: Uma espécie de confessionário.
Deus, Buda e Marco Aurélio. A falência do materialismo. O que falta a estoicos e taoistas. A Ofélia impacienta-se e o dever chama. Uma madrugada na praia de Sesimbra, onde se procura a verdade sobre a existência e se perde o fio à meada.
Deus não usa relógio.
segunda-feira, novembro 10, 2025
Max do outro mundo.
No entretanto, executou uma ultrapassagem a George Russel, na curva 1, por fora, que vai ficar para os anais.
Max Verstappen dificilmente conseguirá o número de títulos de Hamilton ou de Schumacher, mas também será complicado, no fim das contas, contestar o seu estatuto de alienígena da coisa.
E não é só na F1 que prova essa categoria de piloto extraterrestre. Ainda no outro dia fez a sua primeira corrida GT3 no Nurburgring e deu uma banhada a toda a gente da primeira à última volta.
O rapazinho é demais, poça.
E não é só como piloto que eu gosto dele. Gosto dele como homem: diz o que tem a dizer, não tem medo de ninguém, é plebeu do simracing como aristocrata da vida real, nunca entrou na palhaçada woke, trata os jornalistas como devem ser tratados (abaixo de estúpidos), trata a FIA como deve ser tratada (como a organização mafiosa e autoritária que é), tem um humor muito particular que serve milhares de memes por dia, e parece-me, sinceramente e apesar de ter sido sujeito a uma educação draconiana, um tipo completamente saudável de cabeça, considerando que de qualquer forma terá que ser um bocado tresloucado para correr como corre.
É o prototipo de um campeão. E um exemplo edificante para os jovens que o seguem e, justificadamente, o admiram.
DREX: o medo da transparência total ou quando a moeda fala demais.
O DREX nasceu como a versão digital do real, inteligente e rastreável, que prometia segurança, inovação e inclusão. Mas o projecto foi suspenso porque o Estado brasileiro, habituado a vigiar, descobriu o desconforto de ser vigiado. A crónica de Silvana Lagoas.
A II Guerra Mundial, revista e actualizada.
Neste debate interessantíssimo entre um académico mainstream, aborrecido e defensivo no seu papaguear incessante de argumentos gastos e repetidos até à náusea, e um revisionista dissidente, que é uma espécie de homem farol a fazer luz sobre a negritude da propaganda que fomos programados a aceitar como factual, verifica-se a validade de uma máxima que é cara ao Blogville e ao Contra: tudo o que sabes está errado.
Vale a pena, mesmo, ouvir o que Keith Knight tem para dizer sobre as origens do mais mortífero dos conflitos da história universal (nos dois eixos da contenda - o europeu e o do Pacífico), tanto quanto é merecedora de atenção a atitude passivo-agressiva, paternalista e dogmática do "historiador" convidado.
Há um momento de máxima eloquência no debate, quando Knight pergunta ao apparatchik de serviço (os parentisis são meus, mas contextuais e citados durante a conversa):
Se o Reino Unido teve boas razões para declarar guerra à Alemanha por ter invadido uma parte da Polónia (que era de qualquer forma etnicamente alemã), porque é que não declararou guerra também à União Soviética, quando, quinze dias depois da invasão nazi, os comunistas entraram pelo mesmo país a dentro (sendo que o leste da Polónia não era etnicamente russo)?
Acto contínuo, a reacção do académico fica muito próxima daquela que qualquer dogmático tem quando percebe a derrocada do seu maniqueísmo.
E não, não, não, não estou aqui a defender o Adolfo nem o seu regime nem coisa que o valha. Estou só a alertar para a inconsistência dos motivos que levaram o Reino Unido e os Estados Unidos à guerra, alerta que serve até muito bem para abrirmos os olhos sobre o que se passa hoje em dia.
Novo estudo revela que a NASA não poupou dinheiro nem tempo ao contratar empresas privadas para construir naves espaciais.
Donald Trump vai receber Ahmad al-Sharaa, o terrorista da Al-Quaeda e Presidente da Síria, que já teve a cabeça a prémio nos EUA.
Ricky Gervais tenta vender vodka no metro de Londres. A Gestapo de Sadiq Khan não deixa.
domingo, novembro 09, 2025
Globalismo vs Nacionalismo
Das religiões ateístas ou breves reflexões sobre assuntos deveras complicados, que terão que ser aprofundados com mais vagar.
Não deixa de ser trágico-cómico que, desde o iluminismo, os cientistas persigam obsessivamente o conhecimento sobre as leis que regem o cosmos, enquanto rejeitam com crescente fanatismo a ideia de um legislador que as tenha criado.
A circunstância é tão absurda como a de um conjunto de juristas que dediquem a vida ao estudo de um qualquer código civil, na crença irredutível que o documento foi criado por ninguém, fruto aleatório e anónimo do acaso e da necessidade.
Há até alguns académicos que defendem a ideia de que o universo é produto de uma espécie de código de software, enquanto juram a pés juntos a inexistência de um programador.
Ou seja: é preciso ser bastante religioso para não acreditar em Deus.
Mas a mais abstrusa das religiões ateístas, parece-me, será o budismo, na medida em que experimenta o transcendentalismo, sem ter nada de transcendental que venerar.
O budismo procura a "iluminação", assume que o processo pode demorar vidas inteiras, sucessivas, reencarnadas ad aeternum, para ser conseguido, só para que se descubra no estatisticamente improvável desfecho uma certa banalidade, que está para além do comum entendimento humano.
Mas até os iluminados, que são mesmo um punhado de muito poucos seres humanos na proporção de toda a gente que já foi parida na história universal, não conseguem explicar lá muito bem aos não iluminados, que maravilhas banais são essas que eles conseguem perceber e nós não.
Por outro lado, o taoismo, outra religião ateísta, ou é altamente supersticioso, e não interessa a ninguém que tenha nascido depois do século XVIII, ou é puramente filosófico e, nesse sentido, válido. Tão válido como o estoicismo, por exemplo.
Mas a taoistas e estoicos continua invariavelmente a fazer falta uma justificação para a criação.
É por isso que estoicos mais astutos e tardios, como Marco Aurélio, especulavam sobre uma força criadora.
Porque a existência desse demiurgo estipula necessariamente as regras do jogo. As que se relacionam com a física, e as que se relacionam com a moral.
E é por isso que eu digo que Marco Aurélio foi cristão antes de Cristo.
Seja como for, isto são ideias avulsas e necessariamente curtas. Eu tenho andado a ler umas coisa sobre taoismo e budismo e hei-de escrever mais aprofundadamente sobre o assunto quando para aí estiver virado e tiver vagar, que é coisa que me falta, neste momento.
sexta-feira, novembro 07, 2025
No diálogo com um leitor do Contra, encontro um segundo manifesto.
Como já afirmei aqui no blog, recebo muitos emails de leitores do Contra e tento, com constância, responder àqueles que, concordando ou não com o espírito da publicação e dos seus conteúdos, se deram ao trabalho de me contactar, desde que as mensagens seja minimamente civilizadas.
As que não são, não merecem resposta.
No entretanto, o Contra tem sofrido uma muito perceptível alteração no perfil do seu público. À medida que a publicação se tem mostrado irredutivelmente independente e desalinhada na sua análise da realidade política, perdemos muitos leitores de direita, principalmente aqueles que teimam em cegar perante a clara traição de Donald Trump relativamente ao seu mandato eleitoral, bem como outros que conseguem, apesar de todas as evidências, defender as diabólicas acções do regime de Netanyhau e a nefasta e desproporcional influência dos interesses sionistas no Ocidente.
Com a deserção destes neoconservadores porém, temos ganho outros leitores, que eu classifico como alinhados com a esquerda clássica (ou seja, uma esquerda não liberal, não woke e não russofóbica), bem como enquadrados na esquerda de convicção populista, que percebe que os socialismos contemporâneos não defendem os interesses das massas e reconhece a crise de representação de que padece o Ocidente.
Recentemente, recebi várias mensagens carregadas de cortesia de um leitor do Contra que faz parte do espectro que classifico como esquerda clássica, e que não vou identificar por consideração com a sua privacidade. Na conversa que tivemos, há um excerto que escrevi que, inadvertidamente, localiza com precisão a geografia ideológica actual do ContraCultura e que faz sentido publicar aqui no blog.
O texto, que não está muito bem construído, porque foi redigido assim de repelão e eu não quero estar agora a editar as palavras que no momento dirigi ao gentil leitor, tem até um carácter muito pessoal, e veio a propósito dele me ter advertido de que era de esquerda, apesar de seguir o Contra, protestando, de forma muito simpática e subtil, que os colunistas da publicação eram quase todos de direita.
Eu respondo assim:
Na minha opinião, que vale o que vale ou quase nada, o debate político que se centra entre esquerda e direita é, neste momento da história, completamente anacrónico.
Hoje trava-se um combate pela dignidade humana que se plasma, talvez ironicamente, numa luta de classes, entre as elites e as massas.
Eu venho da direita clássica, liberal do século XX (ninguém é perfeito), mas já não me identifico nada com esses valores ideológicos.
Muitos dos colunistas do Contra são ainda dessa direita, admito, mas apenas porque não consigo encontrar à esquerda, também ironicamente, quem esteja disposto a essa guerra de classes que menciono, e que é acima de tudo de carácter ético, e a ética vem primeiro que a política.
Na esquerda, só encontro as preocupações da moda com o género e a raça e a culpa do homem branco, e que defende o estranho princípio de que as fronteiras não têm utilidade nem valor (a não ser as fronteiras ucranianas, claro está). Eu, lamento, mas sou um homem branco completamente livre de culpa, que acredita que as fronteiras fazem todo o sentido (por razões óbvias, que a história explica), fui ensinado a respeitar e acarinhar as mulheres e fui criado com um negrinha lá em casa que a minha mãe adoptou e que sempre foi, para todos os efeitos, minha irmã.
O ContraCultura não tem nada contra a esquerda clássica, que defendia o trabalho, o trabalhador, a dignidade humana, a liberdade de expressão, e lutava afincadamente contra pelo menos algumas tiranias (embora sempre se tenha mostrado algo reticente em relação a outras tiranias).
Mas agora não vejo quem defenda o homem de colarinho azul, que foi completamente abandonado em favor do imigrante e do transexual. Não percebo. Se há quinze anos atrás perguntássemos ao Bernie Sanders, ou ao Carlos Carvalhas, ou até ao Jerónimo de Sousa, se concordava com políticas de imigração de porta aberta, eles com certeza que discordariam, porque, como marxistas, sabiam bem o efeito que isso ia ter nos rendimentos das classes mais baixas nativas, que seriam as primeiras a ser martirizadas com a concorrência no mercado de trabalho. Nessa altura, qualquer marxista diria - e bem - que a imigração descontrolada só favorece o grande capital.
Acontece que eu não preciso de paquistaneses que me tragam comida rápida à porta. Preciso porém de uma sociedade funcional, constituída por pessoas que falem a mesma língua, que partilhem a mesma cultura, e que acreditem num mesmo conjunto de princípios fundamentais.
Mas a esquerda contemporânea não quer saber disto para nada, anda de mão dada com as elites e as grandes corporações (vivemos no Ocidente em geral e em Portugal em particular, um regresso do Estado corporativo, já reparou?) e é por isso que de repente os eleitores do partido comunista, começaram a votar, pasme-se, no Chega (nota: não sou eleitor do Chega).
E repare: a minha mulher vota CDU. O meu sogro, que eu deveras considero e estimo, foi um combatente anti-fascista. Com ele passei tardes inumeráveis e inextinguíveis a "discutir política" como se dizia na altura. As conversas faziam sentido. Eu, na minha inocência, defendia o empresário, que cria empregos e riqueza, e a livre iniciativa, que protege o individuo do jugo institucional. O meu sogro, na sua sabedoria, defendia os que são atropelados pelos empresários e pela criação de riqueza e uma abordagem mais centralizada. Esse debate equilibrava a sociedade e levava-a no sentido da prosperidade - e da liberdade, sem prejuízo dos direitos dos indivíduos ao emprego, à dignidade e à perseguição dos seus destinos e ambições.
Agora, essa conversa já está datada. Agora lutamos pela sobrevivência da humanidade contra globalistas transhumanistas que leram Orwell e Huxley não como advertências, mas como manuais de normas, e que odeiam de coração tudo o que é essencial no ser humano.
Isto não se manifesta num confronto entre a esquerda e a direita. Mas na luta, afinal infindável na história universal, entre o bem e o mal.
E isto tudo para concluir: o ContraCultura, não é de esquerda nem de direita. É pelo direito do cidadão a ser representado, já que é abusivamente tributado. É pela sagração da vida humana. É pela liberdade de dizer isto ou aquilo e ser deixado em paz com essas opiniões. É pelo legado de uma civilização que foi extinta sem referendo: a do Ocidente cristão (não confundir com judaico-cristão).
É isto. E isto podia funcionar como um actualizado manifesto do Contra, porque cristaliza muito do que são as minhas convicções do tempo presente, se estivesse um bocadinho melhor escrito e não fosse tão intimista. E se eu não gostasse tanto do manifesto que escrevi à quase quatro anos atrás :PZelensky publica vídeo de cerimónia de entrega de medalhas com símbolo nazi na parede.
Clássicos Britpop: Oasis, Blur e Stone Roses.
Ao ponto a que chegou a RAF: governo de Starmer contrata pilotos indianos para treinar cadetes britânicos.
Candace Owens ou um mundo inteiro a acordar do sono profundo.
Antisemita, nazi, louca, alienada, mentirosa, gananciosa, traidora, sicofanta.
Censurada, banida, neutralizada, despedida, vilipendiada, difamada.
Mas...
Tem agora o podcast mais popular do mundo.
Favorite trend ever.
— Candace Owens (@RealCandaceO) November 6, 2025
NUMBER ONE WORLDWIDE 🔥🔥 pic.twitter.com/36Di9B10m4
Isto é que é a definição de uma boa notícia, que está carregada de significados.
Sinaliza que a guerra aberta entre as massas e as elites já é combatida pelos dois lados da contenda. As massas acordaram e já perceberam o ferro e o fogo a que estão a ser submetidas.
É a prova provada que os sionistas já não enganam ninguém, do Japão à Argentina, do Canadá à Nova Zelândia. Já toda a gente percebeu a espécie de supremacistas étnicos e genocidas que na verdade são.
É evidência material que há muitos milhões de pessoas por esse mundo fora que têm nojo de globalistas pervertidos como o casal Macron e tudo o que o casal Macron representa.
Mostra que o movimento populista - na sua autenticidade ideológica e programática - está vivo e recomenda-se, colocando em cheque usurpadores como Donald Trump, Georgia Meloni, e Javier Milei.
Apresenta adequado recibo sobre a suspeita de que as pessoas de bom senso continuam a representar uma significativa faixa demográfica a nível global, e que rejeitam a guerra pela guerra, a agenda transhumanista, a inversão dos valores culturais e morais, as mentiras com que são quotidianamente envenenadas, a transformação da realidade pelas máquinas de propaganda.
Factualiza uma expressão cara a este blog e ao ContraCultura: A teoria da conspiração é o método científico do Século XXI.
Evidencia que a liberdade de expressão e o jornalismo independente e completamente desalinhado da narrativa dos poderes instituídos pode triunfar face ao amplexo luciferino, corrupto e decadente da imprensa corporativa e do complexo industrial da censura.
Sugere que os valores cristãos são aceites e compreendidos por toda a geografia, e ainda vivem no Ocidente.
A Candace está de parabéns. Estamos todos de parabéns.
quinta-feira, novembro 06, 2025
Elon Musk prevê uma “inevitável” guerra civil na Grã-Bretanha.
Food for thought.
"O objectivo do complexo militar-industrial norte-americano não é o de vencer guerras, mas o de manter guerras perpétuas."
Jiang Xueqi
O Blogville nunca deixa de destacar momentos como estes, em que as suas referências se cruzam. Neste caso específico, o professor Jiang Xueqi, que o ContraCultura recentemente evocou num artigo sobre a natureza anti-civilizacional dos Estados Unidos da América, conversa sobre geopolítica com os dois alexandres do The Durant, num exercício fascinante de história comparada e análise penetrante dos acontecimentos contemporâneos.
Um podcast mesmo substancial, para digerir como uma lauta refeição. Porque os neurónios também precisam de alimento.
Fascismo na ementa: Fundações de Gates, Rockefeller e IKEA financiam “Plano Global para a Política Alimentar.”
A Lancet publicou um programa distópico, de inspiração totalitária, em que instituições não eleitas ditam unilateral e globalmente a forma como os povos cultivam a terra e consomem os alimentos. É fácil adivinhar quem é que está a financiar esta aberração fascista.
231 mil soldados ucranianos desertaram desde o início da guerra.
Dez passos na direcção da claridade.
Um marxista no Inferno: Mamdani é o novo Mayor de Nova Iorque.
Os cidadãos de Nova Iorque elegeram na terça-feira o seu primeiro Mayor declaradamente socialista, coroando Zohran Mamdani, islamita nascido no Uganda, como sucessor de Eric Adams. A disputa nem foi particularmente renhida, com Mamdani a superar Andrew Cuomo por cerca de oito pontos percentuais. O ex-governador do estado de Nova Iorque sofreu uma derrota humilhante, apesar dos seus gastos de campanha e de super PACs terem ultrapassado os 65 milhões de dólares.
O jovem de 34 anos classificou a sua vitória como a queda de uma dinastia política e uma mudança sísmica na política da maior cidade dos Estados Unidos.
Entre um socialista muçulmano e um neo-liberal do estabelecimento democrata, infame por promover e encobrir o assassinato em série de velhinhos durante a pandemia, os nova-iorquinos escolheram mostrar o dedo do meio ao sistema.
Mamdani centrou a sua campanha em torno de questões básicas, que preocupam os cidadãos comuns: o custo de vida e o caótico estado do sistema de transportes públicos da cidade, por exemplo. Não fez campanha por países estrangeiros ou interesses especiais; o seu movimento girava exclusivamente em torno das pessoas que vivem na cidade.
Que não haja equívocos: as ideias e as convicções do novo Mayor de Nova Iorque não concorrem de todo para o manifesto editorial do ContraCultura e a Grande Maçã não precisava de mais socialismo (o que teve até aqui arruinou-a) e muito menos de uma plataforma islamita aos comandos da cidade brutalmente alvejada a 11 de Setembro de 2001.
Mais: um candidato apoiado por George Soros dificilmente se pode apresentar como anti-sistema e Mandani tem sem qualquer dúvida uma costela globalista e é, muito provavelmente, um agente do movimento de destruição da civilização ocidental protagonizado pela elites dos estabelecimento ocidental.
Dito isto, a sua eleição dá que pensar e reuniu vários factos curiosos. Por exemplo: Mamdani recolheu, por incrível que possa parecer, uma boa parte do voto judeu e até da ortodoxia semita da cidade.
Outro exemplo: a eleição inspirou 2 milhões de nova-iorquinos a votar, a maior participação desde 1969.
A vitória do radical de esquerda deixou o estabelecimento neoconservador à beira de um ataque de nervos, até porque o partido republicano sofreu uma pesada derrota na noite eleitoral de terça-feira em muitas outras frentes:
BREAKING DEMOCRATS BLOWOUT!
— Brian Krassenstein (@krassenstein) November 5, 2025
- Mamdani Wins NYC Mayor
- Democrats have SWEPT Virginia. Governor, lieutenant governor, and the attorney general
- Democrat Mikie Sherrill won NJ Governor.
- Pennsylvania will retain all 3 Democratic state Supreme Court justices. pic.twitter.com/rmDfd4p3MQ
Considerando que Donald Trump chegou ao ponto de recomendar o voto em Andrew Cuomo, que não há muito tempo atrás ameaçou a sua integridade física se o magnata de Queens pisasse o território da cidade, o resultado de terça-feira é também uma derrota da Casa Branca.
Mas os republicanos deviam cair na realidade.
Mamdani não foi eleito presidente da câmara da histórica cidade americana que conhecemos como "Nova Iorque", porque essa cidade já não existe.
O que existe é um território infernal, de orgânica tribal, onde vivem quase exclusivamente pessoas tão pobres que dali não conseguem escapar e pessoas tão ricas que conseguem insuflar uma bolha suficientemente robusta para não serem afectadas pela ruína, pelo crime, pelo constante conflito social e étnico, pela corrupção e podridão que infesta a Maçã.
Devido à imigração massiva, permitida intencionalmente de forma a substituir a população local, Nova Iorque tornou-se uma metrópole do terceiro mundo, e não foram propriamente os americanos que elegeram Mamdani, foram os estrangeiros.
O próprio candidato não discursou em campanha para os americanos. Discursou para os vários povos que na verdade constituem o seu eleitorado:
MAMDANI: "I speak of Yemeni bodega owners and Mexican abuelas!"
— Breaking911 (@Breaking911) November 5, 2025
"Senegalese taxi drivers and Uzbek nurses!"
"Trinidadian line cooks and Ethiopian aunties!" pic.twitter.com/0aw4946tH0
Neste sentido, a sua eleição não é o princípio do fim para Nova Iorque — é uma certidão de óbito. E mais um argumento, bem eloquente, de que a federação americana é insustentável e que um qualquer processo de secessão será inevitável, mais cedo ou mais tarde.
Por outro lado, a Casa Branca e a pandilha mafiosa de neocons de Washington deviam aprender com o que aconteceu em Nova Iorque, até porque:
É mais que nítido que o rumo que a actual presidência está a tomar, em clara negação do seu mandato eleitoral, vai trazer dissabores aos republicanos e as eleições intercalares são já a seguir. Se insistirem nas políticas "Israel primeiro", se continuarem a abrir guerras, literais ou comerciais, como se não houvesse amanhã, se continuarem a ignorar as prioridades dos cidadãos, sacrificando esse primeiro dever em nome de agendas que cumprem apenas os interesses das grandes organizações criminosas que já há décadas governam de facto o país, aquele que podia ter sido um momento de viragem na história dos EUA, a eleição de Trump precisamente há um ano atrás, não será mais que um epifenómeno e poderá até levar à morte do Partido Republicano, como o conhecemos. A guerra civil em curso entre as facções populista e neoconservadora do partido, que não é chamada à conversa deste artigo, não augura nada de bom para o futuro.
I guess bombing Iran, not releasing the Epstein Files, and blacklisting everyone who criticizes Israel doesn't win elections.
— Evan Kilgore 🇺🇸 (@EvanAKilgore) November 5, 2025
To avoid a repeat of last night’s shellacking in the 2026 midterms, Republicans should:
— Thomas Massie (@RepThomasMassie) November 5, 2025
quit covering for pedophiles
put America before Israel
put farmers before corporations
quit funding wars abroad
reduce spending to control inflation
quit attacking independent voices
Acresce que a vitória de Zohran Mamdani é também preocupante para a evolução da esquerda americana. Este triunfo, sensacional e lapidar, dará aos mais radicais dos democratas razões substantivas para permanecerem fieis àquela que tem sido a cartilha das últimas décadas, assente na imigração desregrada, no wokismo radical e na revisão e actualização dos ensinamentos de Karl Marx.
O novo Mayor de Nova Iorque provou que a substituição demográfica funciona lindamente como trunfo eleitoral. E este argumento é irresistível para o estabelecimento democrata, sempre disposto a qualquer manobra, por mais batoteira, que garanta o poder.
Cantava Frank Sinatra, a propósito da cidade que não dorme:
If you can make it there, you can make it anywhere.
A facção radical do Partido Democrata deve estar por esta altura a pensar em transformar este verso num slogan.
quarta-feira, novembro 05, 2025
Bilionários das tecnologias de inteligência artificial estão a preparar-se para o fim da civilização.
Rotten Apple.
Um marxista islamita acaba de ser eleito Mayor de Nova Iorque. Como é que isto foi possível? O fenómeno é muito parecido, se bem que ideologicamente inverso, com um caso de estudo português: a vitória do Chega no distrito de Beja, nas últimas legislativas. Porque a razão de fundo é a mesma: o cansaço das populações relativamente às lideranças políticas do estabelecimento, que são incapazes de representar os seus interesses e colmatar as suas necessidades.
E as políticas de imigração também são críticas nos dois casos: a grande maçã já não é exactamente uma cidade americana (e vai ser ainda menos, daqui para a frente, porque toda a gente nativa com uma ponta de juízo e cara pálida vai sair da cidade). E os alentejanos estão fartinhos de ciganos e paquistaneses.E sim, o assunto é bem mais complexo do que isto. Mas já lá vamos.
A bala perdida não tem origem, tem destino.
As operações mais letais nas áreas urbanas controladas por criminosos e milícias voltam a expor o mesmo impasse: quando o Estado brasileiro entra em guerra com o crime, quem paga o preço é sempre o cidadão comum. Uma crónica de Silvana Lagoas.






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