terça-feira, maio 29, 2007

segunda-feira, maio 21, 2007

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Três tristes tigres*

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Não, o seu monitor não está avariado. O problema técnico é que estes três bonecos do contra-informação juntos resumem não só toda a fealdade masculina, mas também grande parte da estupidez, da incompetência e da ignomínia do bicho homem. Não há reprodução rgb que sobreviva a estas fronhas. O meu problema com o Benfica é ser adepto incondicional de um clube que detesto. De um clube que tem história, base sociológica e massa crítica para estar no top ten mundial e não passa, bem vistas as coisas, de uma colectividade de quintal.
O sr. Filipe Vieira seria, talvez, um razoável presidente da junta de freguesia de alguidares de baixo, mas para presidente do Sport Lisboa e Benfica faltam-lhe, literalmente, alguns centímetros de testa, dois ou três mil quilómetros de preparação técnica e, convenhamos, uns litros valentes do bom e velho chá que distingue o homem civilizado dos restantes selvagens. Se ao menos o infeliz conseguisse parar de arregaçar as mangas do casaco, eu - juro-vos - seria um benfiquista mais realizado.
Já o sr. José Veiga é um personagem de tal forma infame que imagino ser possível ter um blog com o único objectivo de lhe dar na cabeça. Este homenzinho que tem o passado que toda a gente está obrigada a conhecer usa, com notável descaramento, o bom do SLB como batoteira redenção para a sua vida de bandido. Lava a cara e continua a roubar. O Benfica é o lavatório de onde as suas mãos sujas saem sem mácula, suaves e hidratadas. O serviço prestado é, para mais, pago pelo fornecedor em generoso ordenado e chorudas comissões pelos jogadores fantásticos que o dito artista tem a astúcia desavergonhada de fazer contratar, todos eles verdadeiros génios da bola que têm oferecido ao clube resultados significativos como, um exemplo por mil, a eliminação nos oitavos de final da taça uefa. Como é que é possível?
At last and altogether the least, o sr. Fernando Santos, que é um absoluto paralelo funcional do amigalhaço Filipe: uma nulidade a sério. Não se percebe porque raio é que um técnico nitidamente incapaz consegue manter o emprego, depois de uma época em que não ganha nada, em que não convence nada. Ele próprio, se é assim tão benfiquista, deveria ter a decência de se retirar. Mas isso, claro, seria pedir demais a um triste tigre. Que afinal, coitadinho, está ali - como os outros - para serviço próprio. O homem tem a família para sustentar e isso tudo.
Ora merda!

*Obviamente, não podiam ser águias; para leões falta-lhes nitidamente o porte aristocrata e só é dragão quem sabe cuspir fogo como o Jorge Nuno (o que não é a mesma coisa que escarrar, arte que estes senhores dominam na perfeição). De qualquer forma, que me perdoem os tigres que não são tristes.

terça-feira, maio 15, 2007

A televisão é competitiva.

Às segundas-feiras não vale a pena marcar programa de copos. Nem desatar a editar o blog. Nem procurar motivos de espanto no you tube. É só jantar bem, abancar alarvemente no sofá e ligar a caixa que mudou um dia o mundo antigo. Pelas 21h30 temos a terceira temporada do House na Fox e sobre este assunto nem é preciso dizer mais nada. Logo que o Sr. Dr. acaba o diagnóstico é mudar para a 2 onde ao telespectador são oferecidos 45 minutos de êxtase. Qualquer ser humano que leu o Asterix quando miúdo, há-de tirar algum prazer da segunda temporada de "Roma", o melhor objecto televisivo desde o glorioso "Eu, Cláudio". Sobre esta série, também já editei para aqui algum post, mas devo repetir-me: trata-se de um soberbo mecanismo de cultura e de um esplêndido produto de entretenimento. Ainda por cima, e logo depois, no mesmo canal público (!), passa uma série documental absolutamente imperdível e singelamente designada por "A História de Deus". São só três episódios mas a coisa promete. Logo à partida, explica-se: a complexidade do sistema de transcendência evolui com a passagem do homem caçador para o homem agricultor, porque o caçador reza em função do acto isolado da caçada, o agricultor roga pela complexidade anual do clima. Lindo. O facto de esta série estar a passar num canal público português em pleno 90º aniversário de Fátima - um fenómeno que transcende a minha compreensão - é uma das razões pelas quais ainda me orgulho de ser cidadão europeu no século XXI. Porque se a ignorância humana é de lamentar, a inteligência e a coragem do bicho homem merece bem ser festejada. Há que ler Nietzsche todas as vezes que forem necessárias até deixar de acreditar em Deus.

terça-feira, maio 08, 2007

Estes senhores têm balanço.


!!! (Chk Chk Chk) - Heart Of Hearts
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Enquanto a extrema esquerda, sempre muitíssimo democrática e tolerante, mostra o que vale em França, o Paulo Dentinho (que é um daqueles tipos que merecia que um contentor lhe caísse em cima num directo qualquer daqueles directos em que fica para ali a dizer aquelas lamentáveis coisas que ele diz) acha natural que ardam, em média e mais coisa menos coisa, 150 automóveis por fim de semana, nos arrabaldes de Paris. O dito parodiante argumenta que os franceses já aceitaram o facto como uma rotina. Se esta malta trouxesse uma suástica na manga a coisa já não era nada natural nem rotineira, claro está. Eu continuo sem perceber a diferença. E quanto a Sarkozy, acho que tinha toda a razão em tratar a escumalha pelo nome próprio. 53 por cento dos franceses também concordam. Suspeito porém que o homem não vá longe. Esta triste, enfadonha, gorda e condenada Europa ainda tolera uns bonecos do género Blairiano. Mas não mais do que isso.