Este professor de um liceu público em Sacramento e membro activo da Antifa não tem dúvidas sobre a sua sagrada missão: transformar os alunos em revolucionários comunistas, no espaço de 180 dias. E como é que ele vai fazer isso? Através da injecção do medo nas mentes imberbes, claro.
Mais um chocante retrato do processo chegavarista em curso nos Estados Unidos da América, levado à audiência global pelo Project Veritas.
terça-feira, agosto 31, 2021
Estado Soviético da Califórnia.
Nearly 90 retired Generals and Admirals call for Gen. Milley and Lloyd Austin to resign
Advertisement
The people in that position right now are Lloyd J. Austin III and General Mark A. Milley, respectively. Both military leaders who have had to face questions and scrutiny over the last weeks in the midst of the Biden administration’s withdrawal from Kabul, Afghanistan.
According to the letter, the concerns from former military officials are that the US military gave up key locations like Bagram air base (alongside the manpower therein), in tandem with not having a concrete plan to evacuate citizens in the meantime.
(...) (The Letter) The Post Millenial
Taliban commit 'house-to-house executions' in Kabul after US exit
Horrifying audio of distant gunshots appears to confirm this report as the Taliban asserts control of Kabul and Afghanistan after the U.S. military's departure on Monday evening.
An Afghan man who worked with Americans on the ground provided Fox News with the chilling audio featuring distant gunshots.
"I think there's a conflict between the Taliban, I have no idea where I'm located. From everywhere I hear the sounds of shooting, gunfire. I have no idea how to leave," the Afghan man said in the audio clip, recorded around the time the final U.S. plane left Kabul.
Distant gunshots rang in the background in the audio clip.
(...) Fox News
Sir Sly is diggin' for gold.
Depois de ter descoberto os Sir Sly através do excelente e recente "The Rise And Fall Of Loverboy" fui procurar ao disco rígido (aqui não há spotify para ninguém) e descobri um disquinho de 2014, "You Haunt Me", que também me está a parecer muitíssimo agradável aos ouvidos. E este sacana deste tema agarrou-me logo de princípio. Tem muito poder. Tem muito pedal. Tem muita vontade de encontrar o pote dourado no último canto do inferno.
Sir Sly . Gold
Afeganistão ou a falência de tudo.
Depois de recolherem cerca de 75 mil refugiados e 6 mil americanos (menos de 10% da população transportada) os Estados Unidos concluíram hoje uma catastrófica guerra de duas décadas e a mais desastrosa retirada desde que mantemos registo de humilhações militares, quando o Major-General Christopher Donahue, comandante da 82ª Divisão Aerotransportada do Exército, e o embaixador Ross Wilson, descolaram na segunda-feira, 30 de Agosto de 2021, do aeroporto internacional da capital afegã, no último jacto cargo C-17 dos EUA.
Conseguiram ainda assim deixar centenas de cidadãos americanos à sua sorte. Que será, certa e rapidamente, a morte.
A morte, por exemplo, através de enforcamento, utilizando os bons dos talibans para esse magnífico efeito alguns dos trinta e três UH-60 Blackhawk que os invasores deixaram, gentilmente, para trás, entre biliões de dólares de restante equipamento militar.
Logo depois deste abandono histórico, que entretanto já tinha custado a vida a 170 civis e 13 militares (mais soldados do que tinham morrido nos últimos dez anos no Afeganistão), aconteceu o previsível e o previsível é a barbárie: entre vários relatos de euforia facínora, já circulam na web rumores de que os talibãs decidiram entreter a noite de ontem e a madrugada de hoje com assassinatos porta a porta, que é um género de justiça muito apreciada por esta malta tolerante e civilizada.
Outros prováveis tripulantes dos Blackhawk com um bilhete de ida apenas serão os músicos que tiveram a infelicidade de permanecerem neste território maldito: os talibãs já decretaram que a música é agora proibida no Afeganistão e começaram por executar um popular cantor folk precisamente por ser um popular cantor folk.
No seu monólogo de hoje, Tucker Carlson aproveita a boleia do caso do Tenente Coronel Stuart Scheller, de que já falei aqui, para pedir responsabilidades pela falência total de tudo: da competência, da honestidade, da honra, da coragem, da moral. É que o corajoso marine, que entretanto resignou, foi imediatamente punido por exigir que as chefias se responsabilizassem pelo desastre. Mas no Pentágono, no Departamento de Estado e na Casa Branca não há ninguém com a decência necessária para o assumir. Com a decência necessária para uma cartinha de demissão. Ou até, muito simplesmente, para apresentar desculpas ao povo americano, ao povo afegão, aos aliados internacionais. Nada. Os líderes de topo têm consistentemente actuado como se esta fosse a mais bem sucedida das evasões. Não foi, de todo.
Mas muito para além da necessária responsabilização dos intérpretes deste circo de horrores, há que reflectir sobre o assustador nível de incompetência com que somos confrontados. Será credível que mega-aparelhos de inteligência como a CIA, a NSA e os serviços secretos militares americanos tenham falhado desta monumental maneira? Será possível que a mais poderosa máquina militar da história da humanidade tenha sido ridicularizada por umas quantas tribos medievais que exploram umas quantas plantações de papoilas? Não haverá aqui uma fenemenologia mais complexa? Mais sinistra?
Um tema especulativo que ficará para outro post.
Taliban Hangs “Traitor” by the Throat From US Helicopter Left Behind
(Video) The Gateway Pundit
Hipster Climate Change Protesters Dumped 120 TONS Of Rubbish In London
The London Telegraph notes that Nickie Aiken, Conservative MP for Cities of London and Westminster, cited a report pointing to the cleanup costing £50,000 in 2019.
They can’t even be bothered to clean up after themselves, but they will repeatedly tell you that you are killing the planet by traveling to work on a train. (...)
Não, Deus não pode criar uma pedra que não possa levantar. E daí?
Um dos argumentos mais fraquinhos da história universal do ateísmo é este: se Deus existe e é omnipotente, pode criar um pedregulho de tal forma gigantesco que ele próprio não pode levantar e assim, não é omnipotente. Logo, não será Deus. O conceito de Deus é, em si mesmo, contraditório.
Isto, claro, é um raciocínio de quarta classe que se resolve em dois minutos, à mesa de um café, antes do café chegar à mesa; mas Dinesh D'Souza, com a sua habitual e lúcida capacidade retórica, e o seu conhecimento da escolástica medieval (Santo Agostinho, S. Tomás de Aquino, S. Jerónimo, etc. etc.), desfaz o raciocínio de uma ponta a outra, sem deixar margem para dúvidas.
Eu, de qualquer forma, sintetizo:
I . Por definição, nada existe superior a Deus. Logo;
II . Deus não pode criar uma pedra que ele não possa levantar porque essa pedra não existe. Ou melhor:
II . Divina omnipotência não significa que Deus possa fazer seja o que for. Significa que Deus pode fazer tudo o que lhe seja possível fazer. A criação de algo que transcenda os seus poderes será impossível porque nada supera a sua existência (não confundir aqui o que é possível para Deus com o que é possível para o Homem). E assim:
IV . O facto de Deus não poder criar uma pedra que não possa levantar não é um argumento a favor da sua falência lógica, mas sim o resultado lógico da sua omnipotência.
Está resolvido o problema, que não chega a ser um problema, tanto como é uma idiotia.
O irónico aqui é que até na conversa interessantíssima de Dinesh residem pistas para que os ateus que tentam desmontar a existência de Deus não pareçam tão néscios assim. Por exemplo: pode Deus alterar o passado? Pode Deus transformar uma mulher que gerou filhos numa virgem (não confundir com o caso de Maria, que é inverso e que não tem implicações no eixo cronológico da existência)? Pode Deus permitir que a raça humana, sua criação, se liberte da sua esfera através do ateísmo generalizado ou da evolução tecnológica (inteligência artificial, poderes biónicos divinos ou sem-divinos, etc.)? Porque ofereceu Deus o livre arbítrio ao Homem, sabendo perfeitamente que o resultado dessa liberdade é, recorrentemente, o horror?
Estas questões também têm respostas certeiras, mas pelo menos dão mais prazer intelectual a formular.
Assim, fica só o ateísmo niilista a falar sozinho, no labirinto da sua estupidez.
Até porque, no contexto do Século XXI, parece-me que qualquer individuo minimamente informado e consciente precisa mais da fé para ser ateu do que aquela que é necessária para ser crente.
Não sei, digo eu.
segunda-feira, agosto 30, 2021
Pela Estrada Fora #26
Estás fartinho desta vida enclausurada. Sufocas. Pegas no telefone, improvisas um difícil enquadramento hoteleiro e enquanto o diabo esfrega a remela, estás na Zambujeira, na companhia de velhos e bons amigos e a fazeres novos a uma velocidade que supunhas impossível.
O segredo, se calhar, esteve na viagem. Porque vais nas calmas, sozinho e sem
calendário, interrompes a condução repetidas vezes, sobretudo quando chegas à orla
marítima. Em Sines, decides contribuir para o bem estar visual do blog e
bum.
Ias com a ideia de fazer um bocadinho de praia em S. Torpes, mas quando passas pela bela baía Vasco da Gama, no centro da cidade, paras outra vez, porque há montes de lugares disponíveis, considerando o mês de Agosto, e porque nunca visitaste aquela praia, na verdade.
Caminhas não mais que 40 metros e instalas-te à beira-mar. Muita areia, pouca gente. Nenhum vento. A água, temperada. Tens rede wi-fi gratuita, por gentileza do município. Estás nitidamente na praia mais civilizada da Costa Vicentina. Bum.
Passado hora e meia de um momento de praia absolutamente delicioso, bebes café no bar da marginal e arrancas. Chegas à Zambujeira, enfias as cenas no quarto e sais para o dia lindo que faz. Passeias um bocadinho para o lado mais sossegado da vila e bum.
A partir daqui, as coisas só podiam correr bem, não é?
3 children killed in US airstrike on ISIS-K suicide bombers targeting Kabul airport
The strike came just two days before the U.S. is set to conclude a massive two-week-long airlift of more than 114,000 Afghans and foreigners and withdraw the last of its troops, ending America's longest war with the Taliban back in power. (...)
Tirania Continental da Austrália #03
Não podes sair de casa. Não podes visitar a família. Não podes estar com amigos. Não podes protestar. Na Austrália, um país que ainda não sofreu mais que mil óbitos relacionados com a Covid-19, as pessoas estão a ser presas por levarem o cão à rua. Há crianças de 12 anos que são agredidas pela polícia por não usarem máscara. Há cidadãos tele-perseguidos como num mau romance de ficção científica. Há campos de concentração para não vacinados. Há estigmas de peste que se colam nas portas das habitações de gente que regressa de férias. Há todo o tipo de horrores totalitários alegremente orquestrados e implementados pelo governo, pela polícia e, claro, pela imprensa.
Foda-se. Que pesadelo do caraças.
domingo, agosto 29, 2021
At your command, Sir.
This is the way revolutions begin. And if I suddenly woke up twenty years younger I would take a plane, right now, and report for duty in the LT Colonel Stuart Scheller militia.
First private in, Sir! At your command, Sir!
It's too late for me, now. And I'm not even American. But I would gladly give my life for the revolution that is about to come alive.
sábado, agosto 28, 2021
Soneto & Cirrose
Juntamo-nos os três e Deus aparece logo p'ra beber uma,
como Charles d'Artagnan entre os espadachins:
o máximo que pode acontecer em suma
é uma cirrose de amendoins.
Nem usamos zaragatoa, nem picamos o marisco,
mas há um almoço selvagem, com moelas e rins,
e um jantar com especiarias de alto risco
a valerem por idílicos festins.
Doze horas no Sunset são muitos turnos a ser feliz
e enquanto a Rua do Crime passa a Igreja Matriz
há gelo no scotch e alegria nos gins.
Meia hora de praia e toda a eternidade num bote;
Agosto ensaia a liberdade, ao som deste mote:
Vai para aqui uma cirrose de amendoins.
Vai para aqui uma cirrose de amendoins.
Ao décimo primeiro segundo do minuto terceiro,
o apogeu da guitarra eléctrica:
Inhaler . My King Will Be Kind
Sobre o preço da verdade.
Nos dias que correm, acontece exactamente o mesmo com o Pentágono que com as sociedades civis no Ocidente. Enquanto uma pequena minoria elitista toma decisões desastrosas por um lado, e tendentes a um pavoroso crescendo autoritário por outro, as classes médias - ou intermédias, para ser mais exacto - que vão suportando esse esmagamento da estupidez total e da perversão de tudo, começam a encontrar a coragem necessária e a recuperar a decência perdida, de forma a manifestar publicamente a óbvia conclusão de que o rei vai despido, e desavergonhadamente despido, pelas ruas desta caótica amargura.
O Tenente Coronel do Corpo de Marines dos EUA, Stuart Scheller, ilustra o parágrafo anterior com virtuosismo grandiloquente. Mesmo que a custo da sua carreira, porque, como ele antecipa no seu corajoso testemunho, já está neste momento a sofrer as consequências da honestidade e da valentia, tendo-lhe sido entretanto retirado o seu posto de comando.
Moral da história? Se não soubermos ou quisermos pagar o preço da verdade, que é alto, estamos condenados ao perpétuo desbarato da mentira e, assim, a uma existência sem nexo.
O inferno de uma semana.
Estive uma semana desligado do mundo. Quando regresso as coisas estão, previsivelmente, piores do que as deixei. O movimento entrópico inclui a entrada em cena do ISIS no Afeganistão; corpos despedaçados no aeroporto de Kabul; o pior discurso de um líder político na história dos Estados Unidos da América (de longe); a incrível atitude do Departamento de Estado americano no que concerne aos cristãos afegãos, impedindo que Glenn Beck salve centenas deles de serem queimados vivos (porque são convertidos e é isso que os talibãs acreditam que se deve fazer a um cristão convertido), a descoberta que o Pentágono tem estado a transportar para fora do Afeganistão centenas de possíveis terroristas (!) que se apresentam como refugiados; o inacreditável processo distópico em curso na Austrália, que ganhou novos e arrepiantes contornos; entre outros horrores do género surrealista. Do género satânico.
Bom Deus.
segunda-feira, agosto 23, 2021
Twitter ‘Frog Pepe’ Account Successfully Negotiates With Taliban To Secure Safety Of Spanish Diplomats After Government Fails
“Nangarhar’s sweet district was completely conquered,” Taliban spokesperson Mansoor Afghan announced on August 14, to which the account @panamach2 reached out to respond using Google translate, “Hello brother, please don’t hurt the Spanish people at the embassy, we were forces in your country by America. We don’t like them either.”
Mansoor Afghan responded in English, “We are human beings, we all respect each other, we don’t say anything to any foreign troops.” The exchange was viewed as somewhat humorous by many Twitter users, with one pointing out that “a guy with a picture of pepe has done more for the spanish people in afghanistan than the spanish government.” (...)
domingo, agosto 22, 2021
An unvaccinated citizen who could not get into a supermarket, in France:
“Now they’re denying people access to food if they don’t take an unapproved FDA vaccine for a virus with a 99.7% survival rate.”
sábado, agosto 21, 2021
Washington state man claims hospital refusing transplants to the unvaccinated
Derek Kovick told host Tucker Carlson the University of Washington Medical Center is not permitting patients to remain on transplant lists if they refuse to get the jab.
Carlson went on to point to reporting from Seattle journalist Jason Rantz wherein another man named Sam Allen made a similar claim, saying he had received a letter to that effect after informing his doctor he wouldn't take the vaccine because of its risks of cardiac problems for someone who already physiologically has a weak heart.
"Your name has been removed from the waitlist at the University of Washington Medical Center. This was done in follow-up to your recent conversation with providers regarding the heart transplant selection committee’s concerns about compliance with COVID-19-related policies and recommendations," the letter read, according to KTTH. "We can re-assess you for reinstatement on the waiting list should the compliance concerns resolve in the future or, if you wish, refer you to another center for evaluation in the meantime." (...)
sexta-feira, agosto 20, 2021
Taliban going 'house to house' in Afghanistan 'hanging' people who worked with US
Ryan Rogers, a retired Marine sergeant, told Fox News Thursday that the interpreter he worked with during the bloody 2010 battle of Marjah in Helmand province is currently trapped in Kabul, prevented from reaching the airport as Taliban fighters seek out and murder former Afghan commandoes and interpreters.
"He told me yesterday they hung three [Afghan National Army] commanders that they had found," he said. "And that close to the place that he’s hiding, they’re going house-to-house and that they sent a transmission out saying they had plans for the people that operated with America." (...)
quinta-feira, agosto 19, 2021
Video: Australian Police Pepper Spray Children For Not Wearing Face Masks
The encounter apparently began after the kids were spotted (and presumably reported by a snitching member of the public) for not wearing face coverings inside a shopping mall.
The clip shows a police handcuffing more than one of the kids as the girl recording the video points out that some of the officers involved aren’t even wearing masks.
The situation then escalates into a physical squabble as the kids begin shrieking in terror.
The brave officers then drag one of the evildoers to the ground before hitting the complaining kids with a blast of pepper spray to ensure total compliance. (...)
Sobre o dever moral de subsidiar o inimigo.
O Ocidente deve pagar reparações ao povo Afegão. Mais propriamente, ao estado Afegão. Que agora foi tomado pelos Talibãs. Portanto, o Ocidente deve pagar reparações aos Talibãs. Que vão usar o dinheiro para cometer atrocidades sobre, entre outros povos, o Afegão. Faz sentido. E se achas que não faz mesmo sentido nenhum, és racista.
Andrew Lawrence, no seu máximo satírico.
Os compadres de Harvard querem casar Jesus Cristo. A qualquer preço.
Confiar num produtor de filmes pornográficos como fonte fidedigna para uma tese bombástica; inventar e forjar documentos; usar de incesto académico e de compadrio siciliano; saltar sobre a fase de peer review. Faz-se, nos labirintos e nas sombras da célebre universidade de Massachusetts, o que for preciso fazer, mas o Crucificado há-de por força contrair matrimónio!
Os interpretes desta inacreditável rábula, que Dinesh D’Souza conta bem contada, representam lindamente a elite intelectual e moral do século XXI, no Ocidente. Um momento no tempo e no espaço em que os sábios vão nus.
Os "moderados" em acção.
Este clip do Ben Shapiro, que inclui, devo avisar, imagens chocantes, é dedicado a um certo rapaz que ainda ontem propunha à audiência do Observador a hipótese dos Talibãs que agora tomaram o poder no Afeganistão serem uns bárbaros mais "moderados" do que os Talibãs de há 20 anos atrás.
quarta-feira, agosto 18, 2021
So much for 'Taliban 2.0': Fighters shoot dead journalist as he raises Afghan flag in defiance at Jalalabad protest as Kabul 'car thief' is tarred and locals claim woman was shot dead for not wearing a burqa in rural province
- Footage shows alleged thieves being dragged out of their homes at gunpoint and being shamed in the street;
- Robbers have their faces tarred and are strapped up to the backs of trucks to be paraded through the city
Journalist Zahidullah Nazirzada was reportedly shot dead today raising the Afghan national flag in Jalalabad;
- A young woman was shot dead by Taliban in north of the country for reportedly refusing to wear a hijab;
- Harrowing image shows her parents crouching next to her body as she lies in a pool of blood last week;
- There was a stampede at the airport on Tuesday as fighters marched around with guns firing warning shots;
- Video showed despairing women at the gates of the airport pleading with US troops to let them through;
- A 21-year-old ex-teacher who fled to Kabul earlier this year said she was now afraid to leave the house;
- An ex-interpreter watched as the Taliban raided his home via an app as he remains holed up in a safehouse;
- One man said he saw his neighbour being dragged out of his house, the Taliban said he would hang tomorrow (...)
Critério Twitter.
Donald Trump, enquanto ainda era Presidente dos Estados Unidos da América, foi banido do Twitter.
Mas os Talibãs têm uma conta oficial e activa nesta rede social.
A Gestapo de Silicon Valley, no seu apoteótico momento de triunfo.
Meet the Afghan elite military forces.
These are the elite soldiers Pentagon financed and trained to defend with fierce resolution and professional ability the constitutional Republic of Afghanistan.
Also: Jumping Jack goes full clown show.
System Update with Glenn Greenwald: The U.S. Government Has Lied About Afghanistan For Two Decades
In this video, Glenn Greenwald elaborates on the Substack reporting he did, reviewing amazing video and documentary evidence proving that top US political and military officials deliberately lied to the public for years, insisting that the Afghan Security Forces were strong and close to ready while, in secret, they knew they were a joke and a sham.
Está difícil, mas
os Inhaler recomendam algum ânimo. Apesar de tudo.
Eu aceito o convite. Até porque estou a 48 horas de ir de férias e desligar-me da infernal corrente contínua de más notícias e conspirações de estúpidos e desastres de toda a espécie possível e imaginária. Ainda por cima e graças a Deus, tenho liberdade para regressar só quando me apetecer. Liberdade para fazer o que me der na gana. Liberdade para amaldiçoar os deuses e, como Horácio, aproveitar o dia. Liberdade para curtir o verão e, como Marco Aurélio, trabalhar em favor da qualidade dos meus pensamentos. Liberdade para me estender ao sol, fazer quilómetros, beber uns copos, suportar as ressacas, estar com amigos e, como os rapazes de Dublin (que estão a vender discos como se não houvesse amanhã), combater por todos os meios a má disposição.
Assim seja.
Inhaler . Cheer Up, Baby
Biden Administration Sends Out Message to Thousands of Americans Trapped in Kabul – “We Cannot Guarantee Your Security”
The note was sent to Americans trying to escape Afghanistan after the Taliban took control of the city over the weekend. The Biden administration told Americans to make their way to the Kabul airport But they could not guarantee their security as they made their way there.
De Vieira de Leiria a Cabul ou a insustentável ignorância de tudo.
É difícil avaliar a estupidez, a ingenuidade e a desfaçatez desta pergunta, que nem valor retórico tem, na verdade. Os talibãs vão ser "moderados" (quero dizer, não vão começar a matar gente às dezenas de milhar), enquanto isso servir a sua agenda radical. Quando a atenção internacional se deslocar para outras paragens e os terroristas que estão a ser neste momento transportados para o Ocidente como refugiados estiverem devidamente alojados nos países de destino, os talibãs vão mostrar ao João Francisco Gomes, o infeliz autor desta pérola do jornalismo millenial, o horror que são capazes de cumprir.
Nessa altura, quando os desgraçados dos afegãos que não entraram entretanto nos eixos do mais extremo e desumano fascismo religioso que conseguimos encontrar no planeta forem barbaramente exterminados, o João Francisco Gomes vai continuar a ter o mesmo emprego e a redigir outros lamentáveis manifestos provindos da sua profunda ignorância de tudo, sem sequer corar de vergonha, porque uma pessoa sem consciência histórica, sem consciência ética, e desta forma grotesca alheia da realidade, não pode ter memória de si, nem imagem ao espelho.
Nessa altura, quando assistirmos ao previsível recrudescimento dos atentados terroristas de inspiração islamita na Europa, o João Francisco Gomes vai noticiá-los como actos de minorias socialmente oprimidas, economicamente desfavorecidas e vítimas de racismo. É mais que certo.
O João Francisco Gomes devia ter ficado quietinho em Vieira de Leiria, de onde informa a sua ficha curricular que é proveniente. Ia à praia. Empregava-se na Indústria vidreira da Marinha Grande ou na madeireira do Ti' Júlio do Pinhal. Embebedava-se ocasionalmente no café central. Casava com a prima Antónia. Fazia dois ou três Franciscos Gomes (desde que nunca viessem para Lisboa estudar jornalismo). E passava o resto do tempo a evitar a redacção de fosse que texto fosse (mesmo que destinado à newsletter da paróquia). Tenho a certeza que seria muito mais feliz. E o país só ganhava com essa felicidade. E com esse abençoado silêncio.
Coronavirus Entire Country of New Zealand Put Under Lockdown After Just ONE Single COVID Case
After the isolated case was detected in Auckland, the first nationwide in 6 months, Kiwis across the country were told they’d be placed under a full lockdown for the next 3 days.
“Auckland and Coromandel – a coastal town where the infected person also spent time – will be in lockdown for seven days,” reports Sky News.
New Zealand will now be placed under its first full national lockdown for the first time since the original lockdown over a year ago.
Schools, offices, businesses, and all other “non-essential” venues will now all be shut down, with citizens only allowed outside to exercise, buy food and seek emergency medical treatment. (...)
Taliban commander who gave taunting victory speech from Kabul palace was released from Guantanamo Bay after claiming he was a 'simple shopkeeper' who 'helped Americans' and wanted to return to Afghanistan to care for his sick father
The bearded fanatic was among a group of gun-toting fighters who staged a celebratory press conference Sunday just hours after President Ashraf Ghani fled his country amid chaotic scenes.
Experts identified him as Gholam Ruhani, a former Gitmo detainee who was accused by US officials of being a longtime security agent for the Taliban's feared Ministry of Intelligence with close family ties to its senior figures.
Ruhani revealed to Al Jazeera on Sunday that he was incarcerated for seven years at the Cuban-based military lockup which was established nearly two decades ago to cage the world's most dangerous terrorists.
State Department documents confirm that Ruhani – detainee number 3 - was one of the very first prisoners at Guantanamo Bay but record that he spent five years there, from 2002 to 2007. (...)
terça-feira, agosto 17, 2021
O grande desastre americano, revisto e aumentado #04
O Afeganistão não chega a ser um país. Trata-se antes de um perímetro bárbaro ocupado por um conglomerado de tribos etnicamente diversas que se degladiam há milénios. Rotinados na violência, presenteiam com desastres militares e civilizacionais os impérios que ousam, ciclicamente, imiscuir-se neste ninho de vespas. Alexandre e os Persas, Genghis Khan e os Ming, a Rainha Vitória e os czares, os otomanos e os sovietes, todos eles vieram morrer um bocadinho a esta praia sem mar.
Os marretas de Washington não são, de todo, bons alunos a História.
Caso contrário tinham tirados as devidas lições sobre o que aconteceu
aos outros impérios, tanto como o que aconteceu ao próprio em
territórios igualmente virulentos como o do Vietname, o da Líbia ou o
da Somália. Mas não. Ninguém lê Clausewitz no Pentágono e a religião oficial do aparelho militar-industrial que reina nos corredores do poder é de carácter dogmático. Assim sendo, toda a disfunção operacional é expectável. Toda a ambição desmesurada é concretizável. Toda a prossecução criminosa é passível de ser colocada em campo, impunemente, por esse planeta fora.
Apesar de ser uma nação falhada, ou se calhar por causa disso mesmo, o Afeganistão é a mais rentável entidade narcotraficante do mundo. E os campos de papoilas, com os seus chorudos resultados líquidos, são agora propriedade de uma das tribos mais facínoras da vil rábula do radicalismo islâmico.
Animados pela vitória total, de grande aparato mediático e que incluiu a degradante humilhação do inimigo - que se apresentava como a maior potência militar da história universal; promovidos a directores gerais do clube global de assassinos islamitas; financiados pela droga e armados até aos dentes (as forças americanas até deram o jeitinho de deixarem armas, munições e veículos militares como tributo aos pés dos conquistadores), os Talibans vão com certeza fazer do mundo um sítio mais seguro e pacífico, nos próximos tempos. Está-se mesmo a ver.
Entrementes e em Julho deste ano, Joe Biden, numa conferência de imprensa dedicada à retirada do Afeganistão que vai pertencer, para todo o sempre, ao anedotário da história militar da América, tranquilizou a audiência doméstica e internacional com estas peremptórias palavras:
Mesmo considerando a flagrante senilidade deste infeliz tiranete, a total e lunática ignorância da realidade no teatro das operações faz uma comichão enorme na sensibilidade de qualquer sapiens. E a confiança que temos, deste lado do hemisfério, nos imbecis que tomaram com autoritarismo só comparável à sua incompetência, o poder dos estados e das super-estruturas económicas e sociais sofre, naturalmente, mais um inverno de erosão.
A conspiração de estúpidos, decorrente da ideia demente de que os Estados Unidos, cuja democracia faliu completamente no espaço dos últimos 8 meses, seria capaz de montar um regime constitucional no Afeganistão, acaba de ser traída, com estrondo imagético e factual. É excessivamente evidente, como um filme pornográfico.
Para o futuro sobram as cinzas, o provável segundo fôlego do terrorismo islâmico e a queda livre de um império, talvez o último do Ocidente.
segunda-feira, agosto 16, 2021
Afghans who clung to departing US plane fall to their death in chaos that left 7 dead
Videos circulating on social media show hundreds of Afghans running across the tarmac as U.S. troops fired warning shots in the air. One showed a crowd pushing and shoving its way up a staircase, trying to board a plane, with some people hanging off the railings. Another shows several individuals plunging to their death after attempting to cling onto a U.S. Air Force C-17 transport plane as it took off.
In addition, a U.S. official told Fox News that the two gunmen who "fired into the crowd" of Afghans at Kabul airport in separate incidences over the past 24 hours have been killed by U.S. forces. (...)
A discoteca da minha vida #101: "Attack And Release", The Black Keys.
Parece que o ano de 2008 é uma colheita fenomenal. E eu estou claramente a embebedar-me com os discos deste sagrado ciclo solar.
"Attack And Release" não é o melhor disco dos Black Keys (o melhor disco deles é "Tighten Up"), mas é o último antes da fama global. É o último "de garagem". É o último antes de começarem a fazer parte de um número muitíssimo reduzido de bandas do século XXI que
podem rivalizar no concurso para a melhor orquestra rock de todos os
tempos.
Ainda assim, rebentam coisas destas:
Encho todos os números desta discoteca com adjectivos e superlativos e delírios sintáticos e exageros semânticos de toda a ordem e por isso, quando chego aqui, aos Black Keys, fico sem palavras. A vantagem é que os dois semi-deuses de Akron, Ohio, não precisam das minhas palavras para coisa nenhuma:
E não que "Attack and Release" seja um albúm imaturo. Na verdade é o quinto LP da banda, que lançou o seu primeiro trabalho, "The Big Come Up", sete ano antes. É precisamente este percurso clandestino de tantos anos de insistência e coerência que faz dos Black Keys um fenómeno à parte do universo conhecido. Porque Dan Auerbach e Patrick Carney nunca estiveram realmente interessados em fazer música para serem estrelas rock. Como o último disco, deste ano, prova completamente, os Black Keys estão interessados em fazer a música que lhes apetece fazer. Acontece é que, quando tens talento assim monstruoso, mais tarde ou mais cedo acontece-te a desgraça repentina de fazeres parte de um número muitíssimo reduzido de bandas do século XXI que
podem rivalizar no concurso para a melhor orquestra rock de todos os
tempos.
Nem que seja só por causa desta música:
Aposto que há fans dos Black Keys que aqui vieram parar e que nunca tinham ouvido estas três obras-primas. E é precisamente nessa expectativa, se calhar parva, mas bem intencionada, que escolhi este disquinho maluco.
E é claro que levava os Black Keys comigo, para uma ilha deserta, se só pudesse ser acompanhado nessa solidão por uma banda. Porque no meu ensurdecido entendimento de 54 anos de cantigas, esta é a banda vencedora no concurso de melhor orquestra rock de todos os
tempos.
Eight-year-old becomes youngest person charged with blasphemy in Pakistan
Hindu boy faces possible death penalty after being accused of intentionally urinating in a madrassa library.
An eight-year-old Hindu boy is being held in protective police custody in east Pakistan after becoming the youngest person ever to be charged with blasphemy in the country.
The boy’s family is in hiding and many of the Hindu community in the conservative district of Rahim Yar Khan, in Punjab, have fled their homes after a Muslim crowd attacked a Hindu temple after the boy’s release on bail last week. Troops were deployed to the area to quell any further unrest.
On Saturday, 20 people were arrested in connection with the temple attack.
The boy is accused of intentionally urinating on a carpet in the library of a madrassa, where religious books were kept, last month. Blasphemy charges can carry the death penalty. (...)
Quase famosos.
Vou fazer da guitarra um lança chamas,
Mesmo que pegue fogo ao quartel dos bombeiros.
Vou fazer uma gritaria de melodramas,
Mesmo que parta os cristais que deus deixou inteiros.
Vou libertar electricidade em telegramas,
Mesmo que fritem os amplificadores derradeiros.
Ainda sem barba e já cerrado de famas:
Vinte anos de inocência rasgam acordes certeiros.
Inhaler . When it Brakes
Inhaler "It Won't Always Be Like This" track by track | X-Posure | Radio X
domingo, agosto 15, 2021
Afghan Government Collapses as Taliban Take Kabul
Demoralized Afghan security forces offered no resistance as the insurgents, who seized most of the country in just over a week, appeared Sunday morning on Kabul’s outskirts. While the Taliban initially said they wouldn’t enter the capital while a transitional government is being formed, they reversed their stance by nightfall, saying that someone needed to maintain public order after Afghan police deserted their posts. (...)
Uma noite no chão.
Os Inhaler, na sua inocência ainda longe de estar perdida, enfiaram-me numa cápsula do tempo e tele-transportaram-me para eras remotas da minha existência, incomparavelmente mais desconfortáveis.
Pasmo como os putos de hoje em dia continuam à procura da canção indie perfeita, de acordo com o cânone dos anos 80. Não é que a infante banda de Dublin se saia mal da impossível tarefa, mas caramba, não estará na altura de dar essa década como estafada e seguirmos em frente? É que na verdade já ninguém passa noites no chão. E se alguém passa, não acha por certo esse campismo tão sexy assim.
Inhaler . Night On The Floor
Jogos Olímpicos: um momento de redenção.
Passei as últimas semanas a deitar abaixo os jogos de Tóquio, e não sem eloquentes razões. Mas tenho que abrir um parêntesis na maledicência para fazer justiça a um momento verdadeiramente olímpico: a final dos 400 metros barreiras. O norueguês Karsten Warholm interpretou, a 3 de Agosto, um dos mais épicos feitos da história do atletismo, batendo o recorde mundial da prova, que já era sua propriedade, por 7.6 décimos de segundo. Ora, 7.6 décimos, numa prova de 400 metros barreiras, é uma verdadeira eternidade e dizem os entendidos que esta marca seria projectável a 30 ou 40 anos. Mas impensável agora.
Para dar contexto ao feito de Warholm será talvez pertinente dizer que os 45''94 que lhe deram o ouro, serviam para ganhar a prova de 400 metros sem barreiras de apuramento para os Jogos Olímpicos no Reino Unido (!). Ou que o segundo classificado e directo rival do norueguês nesta fabulástica final, o americano Rai Benjamin, bateu também o antigo recorde do mundo, cumprindo a incrível, mas insuficiente, marca de 46.17. Ou que Abderrahman Sambakin, que terminou em quinto lugar com o registo de 47.12 teria com esta marca vencido as últimas 6 finais olímpicas.
Não é preciso gostar de atletismo para ficar arrepiado com esta corrida. Karsten Warholm executa todos os centímetros da prova com sobre-humana perfeição técnica, mas os últimos 50 metros são verdadeiramente belos e de uma intensidade clássica, que transporta o seu esforço para o plano mítico.
Assim, sim.
sábado, agosto 14, 2021
O grande desastre americano, revisto e aumentado. #02
Não é por acaso. Depois de enviarem para a morte ou para o irrecuperável trauma centenas de milhares de seres humanos e de desperdiçarem triliões de dólares na operação lunática de engenharia social e económica que sonharam possível, os senhores de Washington e do Pentágono deixam o Afeganistão pior do que o encontraram. E em debandada caótica, descontrolada, que é só por si uma derrota somada a outra.
Acreditem ou não, os americanos vão inclusivamente deixar material militar nas mãos dos Talibãs. Acreditem ou não, as prisões onde tinham sido acondicionados alguns dos piores criminosos e terroristas das redondezas, caíram, no momento em que escrevo estas linhas, sob domínio dos Talibãs, que estão a libertá-los aos milhares, claro. Acreditem ou não, a administração Biden está a pedir - sim, a pedir - encarecidamente ao inimigo que por favor poupe a embaixada americana em Cabul e as pessoas que ainda lá estão dentro.
A incompetência é alarve. Os resultados são desastrosos. A humilhação é devastadora, mas ninguém, claro, vai pagar com a pele esta interminável sequência de crimes e equívocos.
Em 20 anos de guerra e entre os 18 generais que chefiaram a disfuncional máquina de guerra no Afeganistão, nenhum se demitiu. Só um foi demitido. E porque ousou desrespeitar a sagrada opinião de Barak Obama, não por qualquer razão relacionada com a infeliz realidade do teatro de operações.
Em 20 anos de guerra, 4 inquilinos da Casa Branca e milhares de locatários do Capitólio cometeram sucessivamente os mesmos erros, ignorando completamente a geografia natural, humana e política de um território que é basicamente impraticável desde a morte de Alexandre, há coisa de vinte e três séculos atrás.
Em 20 anos de guerra, organizações anedóticas como a CIA e a NSA e o Departamento de Estado prosseguiram alegremente rumo ao ponto a que chegámos agora, como se o projecto de fazer do Afeganistão um país uno e civilizado estivesse a correr às mil maravilhas. Como se esse projecto fosse sequer possível.
São tantos os implicados nesta conspiração de estúpidos, e durante tanto tempo conspiraram estupidamente, que não há maneira de sobrarem os inocentes necessários à boa e mais que legítima prossecução de um apuro de responsabilidades.
Até porque a história da intervenção militar dos EUA no Afeganistão não tem possibilidade de redenção. É a Odisseia ao contrário: um elíptico e interminável regresso ao inferno.
Hill Billy Rock 'n Roll.
"Bang, bang, bang, bang. Vámonos, vámonos."
Clutch. Rock provinciano e saboroso e denso e contrabandista, que bomba loucamente. Que faz bem à saúde.
O bolor inteligente ou como podes ser esperto sem possuires um cérebro.
Provavelmente nunca ouviste falar de semelhante coisa, mas o Bolor Limoso é um organismo absolutamente incrível. Sabe tomar decisões estratégicas, escolher soluções matematicamente eficientes para satisfazer as suas necessidades alimentares - e lembrar-se delas em futuras aventuras, detectar elementos químicos à distância, multiplicar-se ou unificar-se em função do ecossistema em que é inserido, sacrificar-se para o bem colectivo, etc., etc.
Todas estas características são normalmente associadas a animais e aos seus cérebros. Acontece que o Bolor Limoso não tem cérebro nem é um animal. É até muito difícil catalogar este estranho bicho da classe dos Eucariotas, que se apresenta morfológica e estruturalmente de muitas maneiras, dependendo das necessidades de cada momento e do meio em que prospera.
E porque raio é que estás a perder tempo com este post dedicado a uma substância orgânica pegajosa que tem como virtude única o facto de ser uma excelente sobrevivente? É que a possibilidade de inteligência na ausência de neurónios é muitíssimo interessante para incluíres na equação com que, episodicamente, embalas a insónia: se há vida inteligente no universo, essa inteligência não tem necessariamente que se manifestar como a tua inteligência se manifesta. Essa inteligência pode manifestar-se como um super evoluído, mega civilizado Bolor Limoso. Essa inteligência pode manifestar-se de tantas e tão diversas formas, que não cabem na tua imaginação. Por isso, tem calma. Não preenchas a fantasia apenas com humanoides verdes ou cinzentos. Liberta-a para fora dos limites da tua experiência e da tua percepção. Quanto mais longe fores nesse exercício, mais perto, calhando, estarás da realidade.
sexta-feira, agosto 13, 2021
Blogville subscribes the following axiom:
"2001: A Space Odissey is the greatest film ever made."
Now, unlike the polite and sensible Exurb2a, this blog will definitely have an heated debate with you if you think otherwise. If you think any other movie is a better movie, that's not like totally fine. At all. You must have a problem of perception or you are a creature lacking sense, taste and sensibility. In both cases, you should not carry such things as opinions. And that's that.
If by any chance you agree with the axiom above, congratulations. Here's a great review that you surely will enjoy.
And as a creature of sense, taste and sensibility, you will probably also appreciate the wise words quoted at the end of the clip:
"We were born of risen apes, not fallen angels, and the apes were armed
killers besides. And so what shall we wonder at? Our murders and
massacres and missiles, and our irreconcilable regiments? Or our
treaties whatever they may be worth; our symphonies however seldom they
may be played; our peaceful acres, however frequently they may be
converted to battlefields; our dreams however rarely they may be
accomplished. The miracle of man is not how far he has sunk but how
magnificently he has risen. We are known among the stars by our poems,
not our corpses."
Robert Ardrey . African Genesis: A Personal Investigation into the Animal Origins and Nature of Man
Os heróis que nos restam: Glenn Greenwald.
Ao trocar o facto pela opinião, a imprensa mainstream contemporânea está a impedir que uma larga fatia da população ocidental receba informação rigorosa sobre o assalto às riquezas e às liberdades que se intensifica a cada dia. As pessoas procedem como se os sucessivos atentados aos princípios mais básicos da dignidade e da prosperidade humanas, perpetrados por elites moralmente falidas e sequiosas de poder absoluto, fosse apenas mais um dia no grande escritório da democracia.
Não é.
Tenho plena consciência que há no Ocidente centenas de milhões de cidadãos que ainda não perceberam bem o cataclismo de que são contemporâneos, muito pela razão de que ninguém lhes está a fazer um desenho. Tempos houve em que esse desenho era produzido, com escrúpulo independente, pela imprensa. Agora, ironicamente, a imprensa produz apenas gatafunhos; filtros de falsidade e de opinião activista, para que os cidadãos tenham dificuldades máximas de discernimento. Para que seja impossível navegar racionalmente entre a realidade e a ficção, a verdade e a mentira, a informação e a propaganda. E as pessoas, cegas pelo néon ideológico, ensurdecidas pelo ruído mediático, teimam em seguir em frente, como se o caminho fosse bom e fosse seguro.
Não é.
E nada mudará depressa, se é que algo vai mudar devagarinho. O balanço ganho pela onda de destruição cultural e económica que varreu a Civilização Ocidental em coisa de duas décadas faz de qualquer tentativa dissidente um naufrágio à espera de acontecer. É difícil combater os estados e as suas forças de defesa e segurança, os grandes conglomerados económicos e as suas forças de defesa e segurança, as universidades e as escolas, a imprensa e o entretenimento; todos os agentes da revolução multidimensional juntos num uníssono feroz e fascista. Perante este movimento opressivo, as pessoas optam por ignorar a política e deixar que os poderes instituídos lhes retirem o peso da responsabilidade que transporta pela vida qualquer ser humano livre. As pessoas delegam nesses poderes oligárquicos as decisões de que deveriam ser fervorosas proprietárias, com a esperança de que seja essa a melhora maneira de evitar o rolo compressor.
Não é.
Há porém fogueiras de rebelião que se acendem, fogachos aqui e ali, últimos redutos de um sonho de liberdade e prosperidade. Glenn Greenwald, que até há muito pouco tempo era uma estrela do The Guardian, repórter fundamental no caso Snowden e avançado centro do jornalismo liberal de esquerda, e que hoje em dia é tratado por essa mesma falange como um verdadeiro demónio, decidiu aliar-se ao Rumble, um concorrente do Youtube que apostou na liberdade de expressão e que recusa censurar os criadores, para acender, ontem, o fogo da sua voz. E se pensam que a voz dele é irrelevante:
Não é.
Nem que seja para assistir a um diário e edificante exercício de coragem; nem que seja para não termos nenhuma dúvida de que Deus ofereceu ao Homem a sagrada capacidade do livre arbítrio, nem que seja para criar uma ideia mais aproximada da realidade, vale a pena subscrever o canal de Greenwald. E mesmo que se esteja em desacordo com ele. A ideia do Rumble é aliás e precisamente essa: um fórum público onde seja possível discordar das narrativas dominantes sem pagar o preço da dissidência. Frequentar o Rumble é assim, nos dias de mordaça apertada como os do tempo presente, um acto de cidadania e soberania individual sobre a colectivização da opinião pública.
Não é?
O grande desastre americano, revisto e aumentado.
Se exceptuarmos a invasão do Panamá com o intuito de retirar Noriega do poder, em 1989, e a primeira Guerra do Golfo, em 1991, casos em que as forças inimigas eram na verdade irrisórias, os Estados Unidos da América não ganham uma guerra convencional desde 1945. E isto apesar de serem, desde a queda do império soviético, a força militar dominante no mundo, talvez até aquela que é tecnologicamente mais dominante na história da humanidade.
Ao impasse na Coreia, à derrota no Vietname, à cobardia nos Balcãs, à humilhação na Somália, à incompetência no Iraque, à impotência na Síria e à irresponsabilidade na Líbia, soma-se agora a catástrofe no Afeganistão. No preciso momento em que escrevo estas linhas, a História confirma o seu tique repetitivo: Cabul é uma revisitação de Saigão, nos últimos e caóticos dias da presença militar americana.
Com a ordem de retirada das tropas, que já vem de Barak Obama (através da substituição de soldados por drones), que foi acelerada por Donald Trump e que está a ser concluída à pressa por Joe Biden, a
situação no terreno deteriorou-se loucamente e num ápice instalou-se o pânico, a
confusão e a deserção, de tal forma que assistimos agora a este triste fenómeno: vinte anos depois da intervenção militar ter sido iniciada, com o intuito de derrubar o regime talibã, o país vai voltar a ser governado por... Talibãs. Um regresso ao ponto zero.
Portanto, este confronto de duas décadas, que custou a vida a cerca de 70 mil civis, 3.500 soldados da coligação ocidental e 45 mil soldados afegãos (desconhece-se o número de Talibãs mortos, mas será sempre superior a 50 mil) não serviu rigorosamente para nada a não ser: matar pessoas à barda e enriquecer fabricantes e comerciantes de armas, com especial destaque para o suspeito do costume - o complexo industrial-militar americano.
Dá até a sensação que os Estados Unidos não fazem guerras com o propósito de as vencer, mas apenas com a intenção de ganhar dinheiro com elas, embora, para sermos objectivos, haverá também que assumir um facto inescapável: por um conjunto grande de razões que já articulei aqui, em 2017, e aqui, mais recentemente, os americanos são péssimos soldados. Ainda por cima, são comandados por péssimos generais, que são chefiados por políticos corruptos, que são comprados por corporações globalistas, cujo único valor é o lucro.
Assim sendo e dado o seu registo sofrível, o que se aconselha ao Pentágono é prudência. Pelo menos até ao próximo Pearl Harbour. Embora desconfie que, a acontecer esse ataque inimigo, a resposta americana não vá ser gloriosa como noutros tempos. A qualidade humana, tecnológica e industrial que permitiu a vitória nas frentes do Atlântico e do Pacífico há 80 anos atrás, já não existe na federação do Tio Sam. E os valores libertários pelos quais se bateram esses homens e essas mulheres também não. Muito pelo contrário.