Nos dias que correm, acontece exactamente o mesmo com o Pentágono que com as sociedades civis no Ocidente. Enquanto uma pequena minoria elitista toma decisões desastrosas por um lado, e tendentes a um pavoroso crescendo autoritário por outro, as classes médias - ou intermédias, para ser mais exacto - que vão suportando esse esmagamento da estupidez total e da perversão de tudo, começam a encontrar a coragem necessária e a recuperar a decência perdida, de forma a manifestar publicamente a óbvia conclusão de que o rei vai despido, e desavergonhadamente despido, pelas ruas desta caótica amargura.
O Tenente Coronel do Corpo de Marines dos EUA, Stuart Scheller, ilustra o parágrafo anterior com virtuosismo grandiloquente. Mesmo que a custo da sua carreira, porque, como ele antecipa no seu corajoso testemunho, já está neste momento a sofrer as consequências da honestidade e da valentia, tendo-lhe sido entretanto retirado o seu posto de comando.
Moral da história? Se não soubermos ou quisermos pagar o preço da verdade, que é alto, estamos condenados ao perpétuo desbarato da mentira e, assim, a uma existência sem nexo.