A melhor série televisiva deste ano epidémico tinha que ser um série apocalíptica, infelizmente. Mas felizmente, é russa. Ou seja, declina os tiques politicamente correctos e vai em frente com a vontade de contar uma história no sentido clássico do termo. Com personagens que não pertencem ao universo esquizofrénico e artificial de super-heróis ou de justiceiros sociais ou de transexuais ou de neo-marxistas com vontade de mudar o mundo para muito pior. Não. Não é disso que se trata. Trata-se de um drama com personagens com que te podes identificar. Podes gostar deles ou não, mas estão carregados de humanidade. São homens e mulheres que já encontraste na vida. Simpatizas com eles. Antipatizas com eles. Como deve ser. Recomendo estes magníficos oito episódios, vivamente, a quem gosta de bom entretenimento. Porque foi para criar bom entretenimento que foi inventada a televisão.