A acreditar no postulado de Einstein, as leis da física impossibilitam viagens siderais a velocidades superiores à da luz. A não ser que. Há sempre um a não ser que e neste caso, a excepção é esta: se encontrares uma maneira de deformar o tecido do espaço-tempo, abres a caixa de pandora do livre trânsito intergaláctico. Fantasistas de todo o mundo têm chamado "Warp Drive" a esta possibilidade impossível. Acontece que, como muito bem explica Sabine Hossenfelder, professora de física teórica no Frankfurt Institute for Advanced Studies, o Warp Drive é, entre os sonhos mais loucos da ficção científica, o mais sensato, já que tem sustentação matemática e encaixa no modelo standard da física contemporânea. Mais a mais, um paper recente de Alexey Bobrick e Gianni Martire, do Advanced Propulsion Laboratory at Applied Physics, resolve uma boa parte dos problemas que a hipótese levantava (entre os quais as forças G a que seriam submetidos os tripulantes de uma nave que se desloque a velocidades insanas deste género), contribuindo decisivamente para levarmos a sério a possibilidade de viajar no espaço sideral como quem vai ali e já volta. Senão vejamos: