quarta-feira, setembro 13, 2023

Contra aquilo em que sempre acreditei, escrevo agora.

No crossover das suas diversas plataformas, o Contra alcançou 15.000 pessoas nos últimos sete dias.

Os números são pequenos para os grandes, mas são consoladores para mim.

Até porque eu, supostamente, devia estar de férias.

Acontece que tive a ajuda de duas pessoas. O primeiro secretário de Satanás:

E o Nuno Matos Pereira, que está agora a escrever para o Contra e cujos dois textos, publicados esta semana, entraram directamente para o top 3 dos mais lidos do mês.

O Nuno devia estar a editar o Contra, nitidamente.

Seja como for, um ano e duas semanas depois de me ter metido neste sarilho, continuo a pensar que me meti num sarilho bom. Posso, claro, mudar de opinião. Posso, evidentemente, fazer deste sarilho uma confusão maior. 

Muito vai depender, na verdade, da minha disposição. E de resolver definitivamente, ou não, os problemas de saúde que me têm atormentado.

Mas por acaso até acho, de forma muito incaracterística, que há aqui cenas que estão mais nas mãos de Deus no que nas minhas.

Estou a acreditar menos nas minhas capacidades de controlo e mais nas contingências do Destino. 

E esta frase não foi nada fácil de escrever.

Sempre pensei que fazemos da nossa vida aquilo que queremos fazer com a nossa vida. Cheguei até ao ponto insano de julgar que tinha chegado aqui, onde estou, por minha inteira responsabilidade.

É esse o gajo que sou, ou que fui: para o mal ou para o bem, o responsável sou eu. Só eu. Mais ninguém.

Fracassos e triunfos, ridículos e alegrias, misérias e júbilos, não interessa, porque o que interessa é que fui eu que os convoquei, que os sofri, que os provoquei, que os mereci.

Já não estou assim tão certo dessa convicção unilateral.

E nem sei, para falar verdade, se isso é bom ou é mau. Sei apenas que há forças que transcendem largamente o meu poder transformador sobre a vida.

E confesso que tenho algum medo disso.