As sondagens valem o que valem, e pela experiência que temos tido na última década valem muito pouco. Mas este quadro, que mostra os valores sondados a 21 de Outubro de 2016, 2020 e 2024, pode ser de utilidade comparativa, se tivermos em atenção que os dados estavam completamente errados em 2016 (Clinton liderava em todos os segmentos menos em Ohio e perdeu as eleições) e significativamente errados em 2020 (Biden acabou por vencer mas por margens muito menores e em circunstâncias muito suspeitas), sendo que o desvio caiu sempre em favor dos candidatos democratas.
A actual vantagem de Trump no Michigan, na Georgia e na Pensilvânea, todos estados-chave para o resultado eleitoral e geralmente território democrata, é surpreendente, e considerando que as sondagens tendem a favorecer os liberais, as perspectivas de uma vitória republicana são animadoras.
Mas se as sondagens estiverem, desta vez, mais próximas da realidade, temos também que ponderar que muitos dos números deste ano estão dentro da margem de erro, mesmo até os valores da votação nacional, que, como já sublinhei, não são assim tão relevantes como isso (qualquer dos candidatos pode vencer as eleições sem ser o mais votado a nível nacional).
Acresce que desta vez o voto prévio por correspondência está aparentemente a ser mais utilizado pelos eleitores republicanos, o que é também um bom sinal para a campanha de Trump, pelo menos no que diz respeito a possíveis surpresas na contagem de votos, com alterações significativas a meio da madrugada que, assim, poderão não ter razão de ser, mesmo que aconteçam...
Há também que equacionar os 12 dias que faltam para o 5 de Novembro. Até lá, muita coisa pode acontecer.
Seja como for, Megyn Kelly e os dois peritos em sondagens que convidou para este segmento, parecem atribuir o favoritismo ao candidato republicano, neste momento, com base na diversa quantidade de dados de que dispõem.
Uma curiosidade: o perito democrata,