No princípio das coisas (leia-se Big Bang) matéria e anti-matéria deviam estar presentes na mesma quantidade no pontinho sub-quântico onde tudo estava enfiado. O problema é que, nesse caso, o Big Bang não criaria qualquer universo, porque a matéria e a anti-matéria deviam anular-se num absoluto nada. Esta foi a conclusão a que chegaram cientistas do CERN, muito recentemente.
Pelos vistos, aconteceu que nesse momento iniciático existia mais matéria do que anti-matéria e foi por causa disso que o universo, como o conhecemos hoje, se tornou possível. Ora, não existe nenhuma razão, há luz das leis da física, para que tal assimetria entre matéria e antimatéria acontecesse.
O cosmos como uma anomalia. É esta a realidade que nos oferece a ciência.
Não é lá muito consolador, pois não?