Já há vários anos que tento explicar aqui (e aqui e aqui) no blog que os buracos negros são uma teoria e não uma realidade. Quero dizer: podem existir ou não. E que as imagens que os media vendem às pessoas como buracos negros podem representar outros fenómenos e derivam de métodos de observação astronómica subjectivos porque dependem fundamentalmente dos filtros que são colocados nas "lentes" e esses filtros são escolhidos para obter os resultados que os astrónomos desejam. Isto é válido para muitas observações da fenomenologia cósmica mas é especialmente válido no que respeita às singularidades gravitacionais que são detectadas no universo.
O assunto é tecnicamente complexo. Mas basta pensar no seguinte: um buraco negro é, por definição, invisível, na medida em que a sua massa gravítica absorve os fotões e sem os fotões, não à luz. Assim sendo, o que observamos num buraco negro são disrupções orbitais nos corpos celestes que lhe estão mais próximos e luz, gases e plasma que circulam na espiral da sua voracidade, mas que ainda não foram devorados pelo vórtice. Acontece que esses fenómenos podem acontecer por outras razões. As supernovas, por exemplo, podem estabelecer padrões ópticos muito parecidos. E, outro exemplo, vastas regiões de matéria negra condensada podem criar perturbações gravíticas e alterações morfológicas na matéria astral.
A teimosia com os buracos negros, como a teimosia relativa a qualquer singularidade, deriva a mais das vezes da pressão que os físicos teóricos exercem sobre os físicos experimentais para que as suas teorias sejam comprovadas por observações. Esta pressão é substancialmente exponenciada quando percebemos que sem buracos negros o legado de gente tão distinta como Stephen Hawking ou Albert Einstein ficaria seriamente ameaçado.
É claro que esta conversa é coisa de conspiracionista e de negacionista da ciência, porque hoje em dia todos temos que concordar com a versão oficial, plastificada, das academias e ficar muito caladinhos e resignados perante as autoridades na matéria, mesmo quando essas autoridades parecem mostrar uma ignorância tremenda sobre a natureza da realidade. A ciência já não é um palco dialéctico. É uma arena totalitária.
Ainda assim, lá muito de vez e quando, e principalmente no Youtube, porque os documentários televisivos abdicaram de qualquer vestígio de espírito inquisitivo e limitam-se a papaguear os dogmas indiscutíveis da Física estabelecida, encontramos pistas para alimentar a dúvida, sempre boa amiga do velho e verdadeiro espírito científico. O canal de Anton Petrov, muitas vezes contra a sua vontade escolástica, é um desses fornecedores de informação credível sobre aquilo que de facto sabemos e não sabemos. E no caso específico deste clip ficamos a saber que o buraco negro que nos disseram que existia no centro da Via Láctea se calhar não é um buraco negro. Se calhar é um condensado de matéria negra. E se calhar faz muito mais sentido que assim seja.