domingo, outubro 26, 2025

Toda a verdade sobre a iminente intervenção militar americana na Venezuela.

Os Estados Unidos preparam-se para uma operação militar de grande escala na Venezuela. O chefe do Pentágono, Pete Heggseth, já ordenou o envio do maior navio de guerra do mundo, e a frota de combate que o escolta, para as Caraíbas. O USS Gerald R Ford pode transportar até 90 aeronaves e a sua mobilização marca um aumento significativo do poder de fogo dos EUA na região.

E não, isto não tem nada, mas mesmo nada a ver com drogas: a Venezuela não produz nem uma grama de Fentanyl e as rotas de crack e de cocaína também não passam significativamente por Caracas.

A intenção belicosa da Casa Branca tem a ver com petróleo e com poder. E com a perpétua fome de conflitos militares do complexo militar-industrial americano, claro.

Tanto mais que, com a nítida intenção de salvar o próprio pescoço, Maduro propôs-se oferecer a Trump tudo o que o presidente norte-americano poderia desejar, incluindo participações nos chorudos negócios petrolíferos e concessões de exploração a empresas dos EUA no país sul-americano.

As cedências de largo espectro foram porém infrutíferas.

Na Venezuela joga-se a influência global das três maiores potências mundiais e a Casa Branca, apesar de achar que é legítimo ter uma forte presença militar no Mar da China, apesar de achar que é legítimo fazer da Ucrânia um inferno neo-liberal sob o jugo da CIA e da NATO, não vai permitir que os chineses e os russos estiquem a sua esfera de influência até ao Caribe.

Tudo poderá depender do encontro de Donald Trump com Xi Jinping, agendado para a próxima quinta-feira. Mas o magnata de Queens e 'presidente da paz', que vive por estes dias dominado pela alegria de gatilho, não parece estar virado para acordos concretizados sem disparar um tiro e já nem precisa de autorização do Congresso para fazer a guerra, porque, segundo ele, "vai apenas matar pessoas" na Venezueal (facto).

O gentil leitor pode ficar chocado com esta afirmação, mas o Contra começa a ter saudades do regime Biden.

Clayton Morris, neste breve monólogo, explica bem explicado o que está em causa na Venezuela, porque é que a guerra parece inevitável e porque é que, a suceder, poderá ser bem mais perigosa do que parece.