domingo, março 27, 2005

A fraude ambientalista: o aquecimento global.

Deixei para o fim este assunto, porque é o que de longe melhor representa as fragilidades do dogma ambientalista.
Para já quero dizer que não há dúvida nenhuma que o planeta está a aquecer... No ocidente do hemisfério Norte. No hemisfério Sul e mesmo em vastas regiões da América do Norte e da Ásia tal fenómeno não é pura e simplesmente verificável. Acresce que, como já aqui escrevi, as temperaturas de um dado ecossistema físico-planetário não se podem reduzir a médias. A complexidade do sistema é de tal ordem que qualquer tentativa de fechar num logaritmo a sua multiplicidade térmica é de uma arrogância absolutamente não científica. Mas vamos supor - meramente pelo prazer académico da suposição - que se verificava de facto um aumento das temperaturas a nível global. Ora, tal fenómeno seria até normal, considerando que estamos ainda a sair da última Idade do Gelo. Mas mesmo que o não fosse, não existem factos científicos que nos garantam que a subida das temperaturas se deva ao denominado "efeito de estufa". E admitindo ainda assim que o efeito de estufa fosse mais do que aquilo que é - uma teoria - seria difícil provar que esse fenómeno se deve com toda a certeza à actividade humana. As temperaturas aumentaram e diminuiram dramaticamente ao longo da imensa e venerável idade do planeta, sem precisarem dos gases nocivos da nossa indústria, que está aliás para o mapa cronológico da Terra como um nanosegundo está para a o calendário de um ano cristão. As conclusões paradigmáticas e - estas sim - científicas (porque respeitadoras do método e demonstráveis na realidade) da recentemente falecida Dra. Petra Udelhofen ajudam-nos a perceber que um hipotético efeito de estufa e o consequente aquecimento global podem depender directamente da cíclica intensificação dos fluxos de radiação solar que atingem a terra e não da quantidade de dióxido de carbono libertada pela civilização.
Por outro lado, os cenários mais alarmantes que nos são apresentados referem-se a aumentos de temperatura na ordem de 2ºC a 3ºC em 100 anos, que não terão nenhuma consequência apocalítptica no equílibrio hídrico do planeta: os 30 a 40 cm de subida do nível das águas com que nos tentam aterrorizar deixam logo de ser dramáticos se pensarmos que no século XX assistimos a uma subida do nível da água entre 10 e 25 cm, em grande parte devido à expansão térmica da água por aquecimento e não por fusão de glaciares. A boa lógica dos glaciares é até a inversa: a Antárctida contribuirá a prazo para a diminuição do nível dos mares, já que o gelo derretido irá arrefecer a água e provocar assim uma consequente contracção térmica. Nas palavras do Professor Buescu, a ideia de que icebergues que se soltam e derretem devido ao aquecimento global vão contribuir para a subida do nível dos mares é apenasmente "patética" e um erro elementar que qualquer caloiro de Física sabe detectar. Na verdade, um bloco de gelo que se derrete na água deixa o seu nível inalterado. Se parte do gelo flutua é porque a sua densidade é menor do que a da água em estado líquido e até Arquimedes já sabia que um icebergue desloca um volume de água que é equivalente ao seu peso. Quando derrete, deixa no mar um volume igual ao que já ocupava (pode fazer a experiência em casa, colocando uma pedra de gelo num copo, enchendo-o de água até ao limite e verificando que depois do gelo derreter, nem uma gota escorreu para fora do copo).
Só para terminar, gostaria ainda de esclarecer o seguinte: se tenho recorrentemente trazido este assunto à conversa do blog não é para tranquilizar as pessoas. É mais para, muito humildemente, contrariar o mainstream de inverdades, incorrecções e simples dislates que nos são fornecidos constantemente pela enorme diversidade de meios da comunicação contemporânea. Sempre achei que o planeta não é tão frágil como muitas vezes - vezes de mais - nos é dito. Mas atenção, o mesmo não é verdadeiro para a civilização que implementamos desenfreada e irresponsavelmente à sua superfície. O recente episódio no Índico é bem eloquente sobre o potencial de destruição apocalítica de que a mãe natureza ciclicamente faz recurso. Entre a erupção de grandes vulcões, a queda de meteoritos, a eclosão de explosões massivas no campo solar e as constantes mutações climáticas que estão no âmbito do equilíbrio natural da Terra, podemos e devemos temer o pior. Para amanhã, ou para daqui a 65.000 anos. O relógio do planeta mede em segundos os nossos milénios, mas não se atrasa nunca.