sexta-feira, dezembro 08, 2006

318 pontos.

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Hoje à noite fez-se história em New Jersey. No mais espectacular jogo da NBA de que tenho memória (e já ando nisto há uns anos) os Phoenix Suns bateram os Nets, depois de 2 prolongamentos, pela módica quantia de 161-157. Não, não é gralha. Não, não estou a gozar. 161-157. Só no quarto período estes doidos marcaram 84 pontos. O resultado esteve sempre incerto (a diferença nunca saiu das unidades) e a liderança pontual mudou 34 vezes, registando-se 21 empates no marcador. O senhor Steve Nash - que é um mago já eleito por duas vezes como MVP da competição - marcou sózinho 42 pontos, o seu máximo de carreira. Do outro lado, o senhor Jason Kidd - que também é assim para o jeitoso - só marcou 38, mas como teve inspiração para somar 14 assistências e mais 14 ressaltos (triplo-duplo verdadeiramente extra-terráqueo), está perdoado. Os Suns dão sempre espectáculo porque o seu sistema de jogo - conhecido como hit and run - é baseado numa velocidade estonteante e na mais descomplexada atitude perante o cesto que se pode imaginar: se podes atirar para lá a bola, por que esperas? O problema é que a malta de New Jersey não fez o que geralmente fazem as restantes equipas da NBA quando jogam com esta gente acelerada de Phoenix e que é estar sempre a tentar baixar o ritmo do jogo. Aceitaram o desafio e desataram para ali a correr como se não houvesse um amanhã. Eu próprio, deste lado do Atlântico e devidamente enroscado no meu sofá, fiquei exausto.
É muito raro o privilégio de testemunhar a história em construção. Mas hoje, caramba, foi mesmo uma coisa para os anais da competição profissional. E não sou só eu que o digo. Basta correr a imprensa americana ou simplesmente passar por aqui, para se perceber a dimensão olímpica desta partidinha de basquete.