Não sou grande maluco destes desafios em cadeia, que se usam na blogosfera. Além disso, preferia de longe falar dos 10 livros que mudaram a minha vida (boa ideia para um post), mas vindo o convite de quem vem, não há senão que cumprir. É claro que me vão falhar algumas preciosidades, e devo alertar que incluo na lista apenas aqueles escritos que tive a coragem de ler até ao fim (valha-me deus!).
1 - A Conquista da Felicidade, de Bertrand Russel. Carregadinha de um humanismo absolutamente insuportável, esta obra essencial da filosofia de algibeira do século XX é de evitar, para higiene do pensamento.
2 - O Físico Prodigioso, de Jorge de Sena. Esta pequenita peça de literatura, em versão leite condensado, foi-me vivamente aconselhada por uma montanha de esclarecidos amigos. Em vão, claro. Não me aqueceu nem me arrefeceu.
3 - O Amante, de Marguerite Duras. Muito simplesmente porque não há cú que aguente esta senhora.
4 - Retalhos da Vida de um Médico, de Fernando Namora. Salvo honrosas e excelentes excepções, o neo-realismo português nunca mexeu muito comigo. Este livrinho então, meu deus, deixou-me perfeitamente estático.
5 - Constantino, Guardador de Vacas e de Sonhos, de Alves Redol. Aqui há coisa de 30 anos atrás, torturavam as crianças com esta obra ao negro. É por estas e por outras que há muita malta da minha geração que pensa que Homero é um avançado do Panatinaikos.
6 - Fora de Horas, de Paulo Castilho. Um exemplo de como um mau romance pode ganhar prémios, agradar à critica e vender ao quilo. Uma seca do princípio ao fim.
7 - Psicopata Americano, de Bret Easton Ellis. Neste livro há um capítulo inteiro dedicado ao amor que o personagem central dedica aos Genesis. Nem é preciso dizer mais nada. Muito mau.
8 - Eva Luna, de Isabel Allende. O realismo mágico e a teologia da libertação. A América do Sul não é isto, caramba. Gasp!
9 - Só, de António Nobre. Nas palavras do Autor: "O livro mais triste que há um Portugal!". Eu concordo. Que tristeza, senhores.
10 - A Profecia Celestina, de James Redfield. Uma chatice, uma fraude, uma apoplexia.