domingo, março 08, 2009
Dia Internacional da Mulher de Esquerda.
Deus sabe que eu adoro as mulheres. Que as respeito e admiro e venero. Todos os que me conhecem podem testemunhar isto e mais: acho até que o mundo seria melhor mundo se fossemos governados exclusivamente por elas. Mulheres ao poder, completamente.
Agora esta coisa do Dia Mundial da Mulher é que me levanta logo os nervos.
Levanta-me os nervos porque é paternalista à brava e as mulheres parecem não se aperceber disso.
Levanta-me os nervos porque é uma coisa muito típica da esquerda europeia, que ainda cheira a soutiens queimados e ao divã de Freud e à impotência de Sartre e da sua querida companheira Simone cujo sonho moscovita deu no que deu: na Bulgária socialista, por exemplo, as mulheres trabalhavam nos caminhos de ferro como os homens, na construção civil como os homens, nos esgotos como os homens, no exército como os homens e como os homens eram escravas e como os homens eram torturadas. Mas não tinham pensos higiénicos. O socialismo igualitário não admitia necessidades específicas.
Levanta-me os nervos por coisas pequenas como encontrar na página do Google que comemora o dia, uma lista muito bem feitinha de biografias de grandes mulheres. Por grandes mulheres leia-se ícones de um imaginário progressista-leninista-feminista que me deixa logo mal disposto. Felizmente, tenho a presença de espírito para saber que aquilo não é uma amostra decente, caso contrário dava rapidamente em paneleiro.
É curioso, mas o Dia mundial da Mulher não comemora a maternidade ou a família. Não comemora a ternura, a sensibilidade, a responsabilidade, a beleza, a inteligência, a graça das mulheres. O Dia Mundial da Mulher comemora uma merda de um ideário político.
Assim sendo, honro hoje aqui no blog a dama de ferro, Margaret Thatcher, a mais influente, corajosa, esclarecida e poderosa mulher do século XX. Que não estava, claro, na lista biográfica do Google. E que não precisa de estar. O seu lugar na história é cativo e não são os adolescentes que criam os conteúdos da World Wide Web que vão mudar isso, por muito que se esforcem.
E minhas queridas: o Dia Mundial da Mulher não é quando um homem quiser. E é realmente todos os dias, porque sois vós o primeiro fundamento da civilização. Porque sois vós a primeira razão da ontologia. Não queiram ser como os homens, por favor. Continuem a ser mulheres, continuem a ser femininas. Teimem na vossa diferença.