quinta-feira, outubro 09, 2014

Poema da cadeira de baloiço.

Tenho navios escola ancorados nos meus sonhos e caravelas a zarpar
nos poemas que ainda não escrevi.
Sou marinheiro, no abstracto.
Sou das marés, por defeito.
O Atlântico é a minha religião de ser Português
e tenho memória das odisseias que esqueci
e sou profundamente marítimo na minha quietude de doca seca
e sou profundamente aventureiro na minha cadeira de baloiço
e vou e venho do infinito para o infinito
na doce oscilação deste balanço.