quarta-feira, abril 29, 2015

O Público mata-me.




































Já há uns anos largos que não sou leitor desse orgão oficial do Bloco de Esquerda chamado "Público". Mas hoje, para mal do meu sistema nervoso, passei pela edição online e reparei numa caixinha que titulava assim os incidentes em Baltimore: "O caos chegou a Baltimore, onde a indignação se juntou à probreza".
Ora, parece que a indignação e a pobreza justificam, para a miserável redacção do Público, o vandalismo e o crime. Para que se incendeie, com impunidade e, até, legitimidade moral, um automóvel da polícia, basta estar indignado. E se o gentil leitor pertence, como eu, a uma classe sócio-económica mais desfavorecida, temos os dois bons motivos para combinar um assalto à Worten. Em desespero de causa, podemos até ferir mortalmente, a tiros de pistola, dois ou três agentes da lei.
Esta mentalidade cheguevarista que distorce a moral até ao nível da anarquia absoluta e que é muito própria da esquerda radical contemporânea será, em última análise, autofágica. A desvalorização da ordem social, é, claro, extremamente infantil e, por isso, muito perigosa, mas prejudicará toda a gente por igual. O Público não é produto de uma civilização que justifica e aceita os desvios deliquentes da turba enraivecida. Pelo contrário. E o Público deixaria de existir muito rapidamente, se os ideiais do seu conselho de redacção imperassem na sociedade onde se insere.