Sou carregado de ódios. Até quem amo, odeio.
Detesto toda a gente e nomeio
arcanjos como testemunhas.
Vergo-me de raivas. Sou eu que sou feio
e, bezano d'alma, creio
na religião de roer as unhas.
Cedo aos desafectos. O meu império do meio
não é amigo do alheio
nem se apaixona por cunhas.
Detesto toda a gente que amo e odeio,
carrego ódios e nomeio
vilões como testemunhas.