Apurados enfim (não sei quantas semanas depois do acto eleitoral) os votos definitivos das presidenciais, chegamos à deprimente conclusão que 152.374 portugueses deram-se ao trabalho de ir deitar na urna uma cruz pelo senhor Vitorino Silva, que gosta de ser chamado Tino de Rans.
Há quem diga que este voto é um manifesto satírico. Que é uma expressão crítica. Que é o equivalente ao voto em branco ou ao voto nulo. Eu não acho. Eu acho que é atraso mental puro e simples. E que fique bem explícito: o atraso mental não pode ser lido, neste contexto, como um fenómeno resultante de qualquer factor clínico ou patológico. A expressão aqui refere-se à estupidez que transcende a normal capacidade do ser humano para ser estúpido.