A instituição radical de imbecis a que deram o nome de Bloco de Esquerda decidiu lançar uma campanha a favor da adopção gay com este repugnante slogan: Jesus Cristo também tinha dois pais.
Nem vale a pena falar da infantilidade do argumento nem na falência da imaginação que é transparente na baratíssima justaposição semântica. Mas será talvez necessário ponderar sobre a tolerância (e a cumplicidade) que tem merecido até aqui esta organização de arruaceiros chegavaristas. E se este tipo de alarvidade radical deve ser permitida a um partido político com assento na Assembleia da República. É que Portugal é um país cristão. É cristão na sua origem e na sua identidade. Na sua história e na sua alma. É cristão de literatura e de revoluções. É cristão por causa da sua geografia e da sua meta-geografia. É cristão e não poderia alguma vez ser outra coisa. Se Portugal deixar de ser cristão, deixa de ser Portugal. Neste país, até os ateus, como eu, são cristãos. Os infelizes do Bloco também o são, mas não têm a inteligência, a cultura e a sensibilidade para darem por isso. Não percebem que Platão era tão cristão como Cristo, que Cristo era tão marxista como Marx e que sem eles, Proudhon e Bertrand Russel não tinham escrito uma página que fosse das cartilhas que os bloquistas conservam cabalistacamente na miséria das suas bibliotecas privadas.
O que é realmente grave no Bloco de Esquerda, é que o ódio intenso que manifesta pelos valores da civilização ocidental resulta apenas da ignorância de tudo e de um niilismo básico, intelectualmente plastificado, pueril, populista, que triunfa sempre pela negativa.
E, já agora, quantos pais tinha Maomé, Catarina Martins?