quarta-feira, junho 13, 2018

A Cimeira de Coisa Nenhuma.


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O mundo parou, pelos vistos, para que Trump e Kim Jong-Un apertassem a mão e combinassem quatro compromissos, todos eles tão falaciosos que dão vontade de rir.
Trump não está ali para fazer a paz, está ali para moderar a imoderada opinião que os europeus e uma boa parte dos americanos têm sobre ele. Kim Jong-Un não está ali para outra coisa que não seja gozar à brava com a boa vontade de todos nós (com a excepção da minha, porque a minha vontade é fuzilá-lo já).
A Coreia do Norte é o mais sinistro, desumano e provocador estado da geografia política contemporânea e não há remédio para esta vilania surreal que não seja a sua imediata irradicação. Negociar com Kim Jong-Un, aceitar a sua porca companhia, compactuar com o seu infame protocolo de criança com super poderes (todos eles decorrentes de um insuportável e anacrónico fascismo) será sempre dar-lhe a vantagem da legitimação. Será sempre reconhecer a possibilidade de existir. É um erro estratégico. E histórico.
A administração Trump, ao pensar que esta cimeira pode criar simpatias, não pode estar mais iludida. O actual presidente destes Estados Unidos terá sempre os mesmo inimigos de sempre. Pode fazer milagres, levantar defuntos da campa, curar cegos, reduzir o desemprego a zero ou institucionalizar as cidades bíblicas. O que não pode fazer mesmo é ganhar o Prémio Nobel da Paz. Por muito que tente.
Esta cimeira foi nada. É nada. Será nada.