terça-feira, setembro 18, 2018

La Vuelta 2018 ou a vingança do gémeo mais fraco.



Na primeira prova de 3 semanas da época de 2018 - o Giro d'Itália, Simon Yates dominou a concorrência nos primeiros quinze dias. Na terceira semana claudicou entre o cansaço extremo e a recuperação épica de Chris Froome, que acabou por vencer a prova numa só etapa (que ficará para sempre nos anais da história do ciclismo profissional)
Depois deste anti-clímax, Simon, que aqui há um ano atrás era considerado o mais fraco dos gémeos Yates, descansou. Evitou o tour e voltou em força  na Vuelta, onde se mostrou de longe o melhor ciclista em prova, deixando estrelas de primeira grandeza como Quintana (que mais uma vez confirmou que não tem fibra de campeão), Valverde, Aru, Nibali, Pinot e Zakarin a milhas e milhas de espaço-tempo.
A vitória de Yates, bem como a integral composição do pódio desta Vuelta, confirmam uma tendência óbvia da época de 2018: há uma nova geração de ciclistas que parece muito promissora. Para além de Yates, que soma apenas 26 anos (a maturidade competitiva no ciclismo surge só depois dos 26/27 anos), Atletas como Enric Mas (23 anos, segundo na Vuelta), Miguel Angel Lopez (24 anos, terceiro na Vuelta e terceiro no Giro) e Richard Carapaz (25 anos, quarto no Giro) vão dar que falar já na próxima época. Isto para não falar de  Primož Roglic, que apesar de ter 29 anos chegou há muito pouco tempo ao circuito internacional e já deixou muita gente de queixo caído ao terminar o Tour deste ano em quarto lugar.
A época de 2019, aliás, promete imenso: haverá mesmo muita gente disponível para conquistar as três grandes voltas e alguns, como Chris Froome, Tom Dumoulin e Vincenzo Nibali, por exemplo, com muitas contas a ajustar com o destino.
Ainda agora é Setembro e já sonho com o fim de Maio.