Por causa do lançamento em português das 12 Rules For life, o Observador descobriu ontem o Jordan Peterson. Eu, que já ando para aqui às voltas com ele há que tempos e que li o livro em inglês, fiquei feliz por saber que em Portugal já se percebe a importância decisiva da palavra deste homem, um gigante na defesa dos valores ocidentais e judaico-cristãos.
Só em Portugal é que Peterson é um personagem mais ou menos obscuro. O homem é hoje, na América do norte e por quase toda a Europa ocidental, uma espécie de estrela rock da filosofia: o livro que o Observador destaca é, neste momento, o título mais vendido no mundo, o autor enche arenas que são conhecidas por se destinarem a concertos, é constantemente citado e analisado e aplaudido e aviltado na imprensa, o seu canal no Youtube tem milhões de seguidores, as suas palestras, longas e densas e extremamente populares (principalmente junto dos jovens), estão a mudar o que pensávamos sobre a lógica das audiências e o seu papel como líder da Intellectual Dark Web e de um movimento não orquestrado de protesto contra (e refutação das) políticas de identidade é reconhecido até pelo intratável e execrável New York Times.
Jordan B. Peterson é actualmente o intelectual mais influente no mundo civilizado. Ponto.
A propósito desta descoberta do Observador, deixo aqui um excerto da entrevista que o Professor de Toronto concedeu muito recentemente ao londrino Brian Rose. A entrevista é, tipicamente, poderosa e o vídeo tem uma introdução muito rápida que descreve o trajecto deste incrível, genial e corajoso psicólogo-filósofo.