terça-feira, janeiro 22, 2019

Do Buzzfeed ao Observador: jornais, mentiras e vídeo.



As fake news e os histerismos das redes sociais, com a cumplicidade das grandes empresas de media e das tecnologias da informação (que são hoje uma e a mesma coisa) estão a criar um totalitarismo meio estranho que se funda na mentira e tem uma agenda sinistra - a da polícia do pensamento. O que se passou nos últimos dias com a Buzzfeed e com os alunos de Covington é, neste contexto, paradigmático.

No primeiro caso, a notícia que afirmava que Trump tinha ordenado ao seu advogado que mentisse na comissão de inquérito do Congresso foi desmentida pelo próprio Special Counsel de Muller, que investiga o Presidente, deixando 90% dos media, que passaram as 12 horas do loop diário a especular sobre a questão, num embaraço sem nome.

No segundo caso, o spin dado ao breve vídeo que capta o face a face entre uma turma de alunos de um colégio católico, que envergavam bonés MAGA (pró-Trump), e um grupo de activistas índios, liderados por um velho percussionista, é completamente contrário ao que de facto se passou e ignora até os verdadeiros responsáveis pela confusão: um grupo extremista que luta pela supremacia negra, sugestivamente chamado Black Hebrew Israelites (são os tipos simpáticos na foto em cima), cujas provocações grosseiras e profundamente fascistóides não interessam nem preocupam a turba do Twitter e os justiceiros da CNN.

As duas situações são vergonhosas, mas a forma extrema como os miúdos de Covington foram tratados nas redes sociais, com ameaças de morte vindas de todo o lado e críticas violentas até de jornais conservadores americanos como o National Review, é verdadeiramente assustadora - e um sério aviso à navegação.

O programa de ontem de Tucker Carlson explica bem o que se passou e analisa ainda melhor porque é que aquilo que se passou é grave.



O Observador, respeitando a sua lamentável deriva à esquerda e um critério de rigor que se aproxima perigosamente de zero, publicou ontem uma notícia sobre o caso dos adolescentes de Covington que é completamente falsa. Hoje retirou essa infâmia do feed e publicou outra notícia que está mais próxima da verdade, mas que continua a teimar na maior parte dos erros de ontem. Quando toda a gente já sabe que o que foi publicado ontem é falso. Incrível.

Neste contexto, e de forma a que o jornal de que é publisher mantenha uma relação um pouco mais honesta com os seus leitores, proponho um slogan ao José Manuel Fernandes:

Observador: todos os dias um pouco mais à esquerda.
Uma publicação do grupo CNN