domingo, fevereiro 23, 2020

Astrofísicos: não sabem o que fazer à vida.

Nos tempos que correm, de cada vez que tenho a infeliz ideia de pesquisar conteúdos sobre física fico sem saber se hei-de rir, se hei-de chorar ou se hei-de acender uma velinha pelas dores dos astrofísicos e dos físicos teóricos e dos matemáticos e dos falsos profetas que infestam os meios de comunicação com as "glórias" da ciência contemporânea.

Hoje entrei na QuantaMagazine e a notícia em destaque era esta: depois da observação, pelo LIGO - Gravitational Wave Observatory, da colisão de duas estrelas de neutrões (apenas a segunda observação deste fenómeno alguma vez realizada), a comunidade científica chegou por unanimidade à deprimente conclusão que o modelo canónico de sabedoria sobre super novas e estrelas de neutrões pode ser diligentemente enviado para o caixote do lixo das teorias que duram bastante tempo só para percebermos que não percebemos nada do assunto. É preciso voltar ao ponto zero, refazer radicalmente a matemática e inventar uma nova teoria, que há-de ter o mesmo destino da velha, claro.

A física contemporânea está constantemente a ser confrontada com os limites, os paradoxos e os erros do beco sem saída onde convicta e irresponsavelmente se colocou no fim do século XIX e no princípio do Século XX: a escola positivista/materialista já deu o que tinha a dar há muito tempo e agora é só somar frustrações e assumir ignorâncias e voltar aos respectivos pontos de partida.

Os dados do LIGO são dramáticos se pensarmos que há muitos desgraçados nas universidades de todo o mundo que dedicaram a sua vida aos falsos pressupostos que agora caíram do pedestal da pretensão académica. E cómicos, precisamente pela mesma razão.