Depois de tudo o que aconteceu a João Almeida neste Giro, correndo numa equipa belga que tudo fez para defender Renko Evenepoel (que, não por acaso, também é belga), enquanto fingia que o líder era o português, perdendo minutos intermináveis a tentar rebocar o seu colega, protegendo-o até ao absurdo do descalabro que acabou por acontecer na mesma (Evenepoel é um campeão, mas estava parado há 8 meses e em alta competição não há milagres), a prestação de hoje é nada mais nada menos que olímpica. E com um saborzinho àquele prato que nunca se deve servir quente.
O João Almeida é um ciclista enorme. E um voltista de elite. Já deu, está a dar e dará muitas alegrias aos portugueses que gostam de ciclismo.
quinta-feira, maio 27, 2021
O gigante João.
Escasseiam as palavras para reportar com justiça e rigor a etapa que João Almeida fez hoje. Num dos dias mais difíceis deste Giro, com duas devastadoras subidas de primeira categoria nos últimos 50 quilómetros, o ciclista português fez segundo, deixou Bernal, o líder da prova, a mais de um minuto, e ganhou muito tempo a todos os concorrentes directos para o top 10. Não só conseguiu subir dois lugares na classificação, sendo agora oitavo, como se aproximou bastante de adversários a quem pode retirar, no contra-relógio que fecha a volta a Itália, um a dois minutos. O top 5 está agora em aberto.