segunda-feira, junho 28, 2021

Uma estrela no cimo do Muro.



Mathew Van Der Poel. O jovem prodígio holandês, neto do lendário Raymond Poulidor, é talvez o mais completo ciclista da actualidade e logótipo em carne e osso de uma nova geração de atletas que, de João Almeida a Tadej Pogacar, de Renko Evenepoel a Egan Bernal, entre outros grandes, têm estado a revolucionar o ciclismo nos últimos dois a três anos para cá.

Ontem, na segunda etapa do Tour, Mathew, que cumpre a primeira volta de 3 semanas da sua carreira, fez algo de inédito: bateu toda a aristocrática concorrência no cimo do terrível Mûr-de-Bretagne... Por duas vezes no espaço de 15 kms. E fê-lo com uma tal desenvoltura atlética, com uma tal autoridade, que deixou toda a gente - ciclistas, jornalistas, comentadores e fãs - de queixo bem assente no chão.



Van Der Poel é o novo camisola amarela da prova, com todo o mérito. Vamos ver do que será capaz a partir daqui. A concorrência é feroz, com Roglic, Pogacar, Thomas e Carapaz assumindo claro favoritismo. Mas este rapaz é especial. E dá gosto vê-lo em cima de uma bicicleta.