As 24 horas de Nürburgring, que decorreram este fim de semana, foram as mais curtas de sempre, porque a corrida esteve neutralizada por causa de condições climatéricas absolutamente adversas durante a noite toda e o princípio da manhã, mas, ainda assim, esta é capaz de ter sido a corrida mais emocionante a que já assisti no Nordschleife. Na última hora, os oito primeiros lugares da classificação geral estavam em aberto e foi preciso chegar às últimas 3 ou 4 voltas para que tudo se decidisse. O primeiro lugar ficou definido a 30 minutos do fim, o terceiro lugar a 15 minutos do fim e o quinto na última volta.
Foi uma coisa de loucos, um sprint vertiginoso e extremamente renhido que durou dez horas, sob condições impossíveis (aguaceiros torrenciais que estavam constantemente a alterar os já de si muito baixos níveis de aderência e nevoeiro cerrado que reduziu dramaticamente a visibilidade), e sempre no fino gume de um traçado traiçoeiro, estreito e densamente congestionado pelos 125 automóveis em pista. Reparem bem nesta alucinante e radical sequência de 30 segundos:
Não há palco que se compare ao Nürburgring. Não há corridas como as que se correm aqui. É especial. É espectacular. É sempre, mas sempre, épico.