quarta-feira, julho 21, 2021

O Pentágono como polícia do pensamento.

O Pentágono contratou recentemente uma empresa inglesa, a Moonshot CVE, para identificar extremistas e supremacistas nas fileiras das forças armadas americanas. E uma das formas que a Moonshot considera pertinentes para identificar estas perigosas pessoas é monitorar as pesquisas que elas possam fazer no Google. Por exemplo, se um soldado americano colocar no motor de busca "truth about BLM" ("a verdade sobre o movimento Black Lives Matter"), será concerteza um extremista racista, elemento indesejável que deve ser rapidamente afastado do serviço militar.

Sim, é verdade.

Portanto, se não comeres a porcaria que te servem na CNN e fores à procura de informação complementar para poderes pensar com a tua cabecinha, és um radical indesejável.

Esta abjecta maneira de pensar não é inédita e o New York Times recomendou recentemente aos seus leitores a rejeição desse terrível hábito de analisar com espírito crítico aquilo que a imprensa nos impinge. Mas levarmos a conversa ao ponto que o Pentágono e a Moonshot a estão a levar é uma coisa absolutamente ensandecedora. Absolutamente aterradora. Não é?

Com que género de soldados é que os americanos vão ficar, depois desta purga?
Que espécie assustadora de forças armadas ideologicamente formatadas num tirânico uníssono podem servir de forma independente os ditames da constituição dos Estados Unidos?

Hã?