A África do Sul pós-apartheid é um poço de horrores que envergonha as atrocidades cometidas pela oligarquia étnica do regime anterior. Ninguém no Ocidente gosta deste assunto e é muito difícil, gentil leitor, obteres informação fidedigna sobre o que tem acontecido nos últimos anos neste território dantesco. Do genocídio das populações brancas e confisco das suas propriedades aos índices de criminalidade recordistas nos centros urbanos (Joanesburgo é a cidade mais perigosa do mundo), a África do Sul contemporânea é um estado falhado, uma república das bananas, um inferno na Terra, com corrupção generalizada, siderais números de desemprego e miséria galopante, em contraste com a riqueza de recursos existente nesta área do planeta.
Nos últimos dias e a propósito do encarceramento do ex-presidente Jacob Zuma o país entrou em erupção acelerada, com motins, pilhagens e violência extrema e sanguinolenta. No clip que deixo em baixo, Tim Pool dá uma panorama geral sobre o caos instalado. Mas não pode ser gráfico, porque o Youtube ia censurar-lhe o vídeo logo a seguir. Mas se quiseres mesmo perceber o nível de violência sub-humana que está a acontecer neste momento e não fores uma pessoa muito sensível a imagens que são realmente hediondas, podes fazer uma ideia mais precisa do pesadelo de que falo aqui. A Reuters tem também online uma galeria de imagens fotográficas, muito menos chocantes, mas igualmente esclarecedoras.
Para além do sofrimento dos sul africanos, o que é arrepiante neste verdadeiro caso de estudo de um país em processo autofágico rumo à barbárie, é que há hoje muita gente a trabalhar activamente para que o Ocidente acabe também assim. No caos tribal. No perpétuo confronto étnico. No infindável jogo satânico de todos contra todos.