Enquanto os Estados Unidos registam índices recordistas de homicídios e criminalidade violenta a cada ano que passa, as elites políticas parecem ignorar a quotidiana tragédia. O caso de Chicago, a terceira maior cidade americana, é paradigmático. Para além das centenas de homicídios por ano (que aumentaram 30% desde 2019), e dos constantes tiroteios entre gangs rivais (que aumentaram 59% no mesmo período), para além da desmoralização e desautorização da polícia e dos mandatos de vacinação que levam ao despedimento dos agentes que recusam a vacina, acontece um fenómeno sobrenatural: os procuradores desistiram de criminalizar o banditismo.
Um exemplo flagrante e escandaloso do que refiro é a recente decisão da procuradoria desta cidade em criminalizar os roubos apenas nos casos em que os bens pilhados forem em valor superior a 1.000 dólares. Portanto: qualquer ladrão que entre numa loja e roube 990 dólares de mercadoria, sai impunemente da situação.
Não é verdade. Estou a exagerar. Isso seria de loucos, certo?
Então, céptico leitor, dá uma vista de olhos nesta notícia do Daily Mail.
As cidades progressistas dos Estados Unidos da América, presididas e governadas pelos democratas e que são até as mais importantes da triste federação (Nova Iorque, Washington, São Francisco, Los Angeles, Chicago, Seatlle, Portland, Houston e etc.), são hoje um poço de miséria chocante e criminalidade sem rédea. Desertados pela classe média, estes gigantescos centros urbanos são habitados por duas classes sociais: os muito pobres, que não têm remédio senão ficar, e os muito ricos, que vivem em bolhas de luxo espampanante, de grande aparato securitário.
Tal e qual como um país do Terceiro Mundo.