sábado, outubro 30, 2021

O meu pé pesado #13: Na gravilha da Polónia, um desafio de dificuldade máxima (parte 1).

Inicio aqui uma série totalmente dedicada ao Dirt Rally 2.0, em que vou tentar fazer os melhores tempos que posso e sei no time trail online do jogo, em todos os seus troços mais longos.

Vale a pena explicar que o Dirt Rally 2.0 tem 14 ralis, com 12 troços cada, mas estes 12 segmentos são desmultiplicadas a partir de 2 troços apenas, cada um com cerca de 14 a 20 kms. O que os rapazes da Codemasters fazem a seguir é criar dois sentidos para cada um destes troços (já são 4), parti-los ao meio e criar percursos mais curtos (já são 8) e possibilitar também aqui que estes sejam corridos de trás para a frente (e assim chegamos aos 12).

O que vou fazer é correr os 2 troços mais longos, nos seus dois sentidos, e por isso serão 4 por rali. O compromisso é conseguir a melhor marca possível, não investindo mais que 2 horas de treino em cada segmento.

Vou usar para o efeito o Ford Fiesta R5 MkII de 2019, do grupo R5, que não sendo nem o mais rápido nem o mais giro de conduzir dos carros do Dirt 2.0, é aquele que me parece mais bem modulado, no que diz respeito à simulação do comportamento dinâmico, bem como ao feed que recebes nos periféricos sobre as forças físicas reais.

Os ralis mais difíceis, na minha opinião, são o polaco e o escocês. Porque não estavam incluídos no Dirt Rally 1.0 nem nas anteriores edições do Dirt e do Colin Mcrae, mas também pelas próprias características dos traçados. É precisamente por eles que vou começar.

O rali da Polónia, assunto deste post e de um outro que vou publicar mais à frente, é um desafio duro e alucinante. As estradas de gravilha são estreitas e muito, mas mesmo muito rápidas: passas alguns minutos de cada troço a 180 à hora em pistas escorregadias que não têm mais que três ou quatro metros de largura e com bermas que não perdoam o mínimo erro, porque são altas ou porque, pior ainda, são delimitadas por árvores.

Neste post estou a correr os segmentos Zaróbka e Zagórze, que dizem respeito às duas direcções do mesmo troço, que tem 16,460 kms.

No troço de Zaróbka, nota-se perfeitamente que conheço mal este rali. Aqui e ali, pareço uma andorinha tonta e por várias vezes abuso dos limites da estrada. Tive alguma sorte, mesmo assim, em sobreviver aos disparates, porque o Dirt Rally é um simulador que não perdoa este tipo erros.



Faço um tempo dentro dos primeiros 1600, o que está um bom bocado para além da minha média, que se enquadra geralmente dentro dos primeiros 1000, mas é a vida.

Em Zagórze a coisa corre um bocadinho melhor e mais ou menos limpinha, embora a fluidez necessária para um tempo mesmo porreiro não esteja lá, porque o trajecto é tão veloz como traiçoeiro e eu hesito muitas vezes. No último terço tenho mesmo que levantar um pouco o pé do prego, porque já estava no limite do tempo que me obrigo a utilizar para cada segmento e precisava de terminar a prova sem me espetar alegremente numa árvore.



Faço 7'54''745, um tempo dentro dos 900 primeiros e já gozo, porque este rali é mesmo muito exigente e eu, por muito que goste desta brincadeira, não sou propriamente um ás. Além disso, creio sinceramente que qualquer tempo abaixo dos oito minutos, neste troço, é uma marca decente.

Seja como for, diverti-me. E com este projecto tenho para aqui muitas horas de competição e muito conteúdo para o blog.

Vroom. Vroom.