Na província do Quebeque, o estado determina quantas e quais as pessoas que podes ou não receber na tua própria casa. Se podes ou não celebrar o Ano Novo. Se os teus filhos frequentam ou não frequentam a escola. Se os teus pais podem ou não receber o teu carinho e assistência. Se e quando podes viajar. Se e quando podes passear o cão. Se e quando podes receber tratamentos médicos. Se e quando podes fazer exercício físico. Se e quando podes ir jantar fora, conviver com amigos, beber uma cerveja num bar. Se e quando podes ir ao teatro, ao cinema ou ao salão de bowling. Se o teu patrão tem ou não uma pequena hipótese de manter o teu local de trabalho. Se o teu negócio tem ou não uma pequena hipótese de sobreviver. Se tu tens ou não uma pequena hipótese de sobreviver.
Viva Frei, visivelmente sufocado pela mordaça apertada sobre a sua existência por um exercício de fascismo absolutamente recordista, pergunta-se em que género distópico de país é que vive. A pergunta é retórica, claro. Ele sabe muitíssimo bem que vive na Tirania Federal do Canadá.
E eu, se fosse a ele, saía de lá. Pior que viver numa dita dura, é enregelar no processo.