Transformas mendigos em milionários, subsidiando a preços de mercado onerosas existências imobiliárias e anulando por completo as mais elementares leis da oferta e da procura. Deixas de proteger a propriedade dos que trabalharam por ela. Celebras uma sociedade sem mérito e uma economia sem razão. Substituis a virtude pela tecnologia. Gastas dinheiro como se o dinheiro não fosse um bem raro. Invertes os valores que cimentaram o excepcionalmente bom e próspero funcionamento das sociedades e das economias nos últimos 3 ou 4 séculos da miserável história dos homens. Cerceias a livre iniciativa e a independência do Estado. Elogias o crime e criminalizas o patriotismo. Inventas um apocalipse por cada época de caça e instalas o caos através da propagação mediática do medo. Fomentas a incerteza pela corrupção da imprensa e semeias a superstição recorrendo a um simulacro de ciência. Apresentas-te como o salvador e prometes com certeza religiosa que a revolução progressista é objectivamente justa e profética e vocalista dos amanhãs que cantam. Justificas assim, como arcanjo redentor, o autoritarismo de base satânica.
Trata-se de um movimento historicamente recorrente e terrivelmente fácil de espoletar, na verdade.