Toda a gente sabe que a Economia não é uma ciência completamente exacta. Mas também não convém transformá-la numa ciência completamente inexacta.
Por exemplo, convém que economistas de renome como Paul Krugman (Prémio Nobel), Joseph Stiglitz (outro Prémio Nobel) ou Jerome Powell (nº 1 da Reserva Federal Americana), não sacrifiquem a disciplina às conveniências políticas. Todos eles sabiam que a impressão alucinante de triliões de dólares ia causar inflacção, mas todos eles negaram essa probabilidade, de forma a cumprir com as políticas monetárias insanas da amnistração Biden.
Confrontados com a descontrolada subida dos preços, afirmaram depois que o surto inflaccionário seria transitório ou de ajustamento. Erraram outra vez. Perante números nunca vistos desde os anos 80 do século XX, entraram em pânico: a Reserva Federal anunciou recentemente que vai aumentar as taxas de juro, de forma a tornar o dinheiro mais caro, tentando assim conter o consumo, travar o crédito e diminuir o investimento, conhecidos remédios para a inflacção.
Acontece que o momento económico mundial, fragilizado pela pandemia e consequentes problemas de mão de obra, produção e distribuição, não aconselha taxas de juro mais altas: as bolsas estão em queda e a recessão espreita. Diminuir o consumo e o investimento neste quadro é uma receita para a desgraça.
Tanto mais que a subida das taxas de juro, por si só, não parece ser muito efectiva para conter percentagens de inflacção entre os 8 e os 9%. Estes índices têm que ser combatidos em várias frentes, sendo que a mais óbvia é a do alívio da carga tributária às empresas e a mais desesperada o controlo de preços por parte do estado (medida altamente desaconselhável por ser, a prazo, contraproducente).
Perante este cenário, o que faz a desvairada administração Biden? Ignora os problemas reais e cria um novo artifício, anunciando que pretende regular a circulação de moeda digital por razões de "segurança nacional". A iniciativa, típica da ambição despótica desta administração, visa fazer convergir as bitcoin para o quadro fiduciário convencional, retirando aos cidadãos a possibilidade de conduzir as suas poupanças de forma independente das políticas da Reserva Federal.
É claro que estes economistas consagrados sabem o que estão a fazer. E estão a fazer o que realmente sempre objectivaram: destruir a economia ocidental para criar condições caóticas necessárias à boa implementação do Big Reset. O controlo da moeda digital é uma evidência brutal desta intenção: ninguém pode escapar ao cataclismo a que os senhores do universo querem conduzir as massas.
Acresce que uma recessão no momento pós-pandémico vem mesmo a calhar para distrair as atenções sobre os crimes jurídicos e humanitários que entretanto foram cometidos.
No primeiro segmento do seu podcast de 28 de Janeiro, Ben Shapiro explica o desastre melhor que eu posso e sei. Mas uma coisa é certa, as perspectivas para as economias americana e mundial estão, neste momento, carregadas de nuvens negras.