Na primeira clássica da época, a poeirenta, ventosa e acidentada Strade Bianche, corrida na Toscânia, o rapazinho Tadej Pogačar voltou a fazer das dele. A 50 quilómetros do fim, meteu uma abaixo e foi-se embora para nunca mais ser visto pelo pelotão, numa demonstração de superioridade absolutamente devastadora.
Com 23 anos e apresentando já um palmarés fabuloso (2 Tours de France + 3 vitórias em clássicas + 9 vitórias em etapas de grandes voltas + 4 vitórias na classificação geral em Tours de uma semana, entre muitos outros títulos), o prodígio esloveno tem tudo a seu favor para vir a ser uma espécie de Eddy Merckx do Século XXI. E dá gosto vê-lo, poderoso e agressivo, ambicioso e destemido, a pedalar pela posteridade a dentro.
Os próximos cinco ou seis anos do ciclismo profissional são dele, para escrever a História que ele muito bem entender.