Yuval Noah Harari responde a Voltaire: o melhor dos mundos é o mundo sem seres humanos. O WEF quer acabar com o Sapiens. E nem sequer o esconde. E não choca ninguém. Quando Harari se pergunta publicamente sobre a utilidade futura dos seres humanos, não rebentam ondas de indignação nas redes sociais e ninguém considera a gravidade extrema da sua retórica.
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— Flyingbird (@fbirdblue) April 3, 2022
WEF's Yuval Harari:
"What do we need humans for?"
Open your eyes, people!!! pic.twitter.com/y1j8uEDRGz
Mas faz comigo um exercício, paciente leitor: substitui na pergunta "para que é que os seres humanos vão ser precisos no futuro?" a palavra "humanos" por "judeus" ou "negros" ou "brancos" ou "indianos" ou "esquimós", não interessa: "Para que é que os aborígenes australianos vão ser precisos no futuro?" Este frasear já é capaz de fazer estremecer a tua sensibilidade, certo? E um autor e pensador de renome como Harari que proferisse esta pergunta seria justamente alvo das piores acusações nas redes sociais e na imprensa, certo?
Ora, isto não faz sentido nenhum porque a ambição de extinguir toda a raça Sapiens é obviamente mais perigosa e criminosa do que a vontade de acabar com uma das suas etnias apenas. O problema aqui é que amaldiçoar o ser humano e rejeitar a sua natureza está na moda. Faz parte do imaginário cool deste século. Logo depois de terem sido espoliadas de uma ideia de Deus, as pessoas foram condicionadas a odiarem-se e a odiarem a sua espécie. E assim, aceita-se hoje com naturalidade que um intelectual defenda o extermínio da humanidade.
Eis chegada a civilização ao seu estágio suicida.