Já na fase final do seu ciclo de vida útil, o Hubble continua a fazer das suas e é capaz de ter observado o mais antigo corpo celeste isolado alguma vez detectado pela tecnologia humana: uma estrela de quando o cosmos tinha apenas 900 milhões de anos, localizada no limite do universo observável.
Tirando partido do efeito de magnificação da lente gravitacional criada por um cluster de galáxias também longínquas, e depois de um período de exposição de mais de 3 anos, a equipa de astrónomos da NASA, liderada por B. Welch, D. Coe e A. Pagan, conseguiu obter uma imagem que é agora a referência para as futuras explorações do alvorecer do universo que o telescópio James Webb vai por certo desenvolver.
A Earendel (estrela da manhã em Inglês arcaico) vai ficar para a história da astronomia. A sua luz demorou 12.9 biliões de anos a chegar até nós, facto que ilustra lindamente a vasta, incomensurável, inimaginável imensidão do cosmos.