No seu épico e arrasador monólogo de ontem, por si só um contributo definitivo para a validação da tese de que as teorias da conspiração são o novo método científico, Tucker decidiu partir a loiça toda que existe na loja chinesa de frágeis porcelanas que foi montada em Washington.
Desde acusar as lideranças militares de Pequim pela libertação da pandemia como arma química global - e a actual administração americana por esconder o facto - a implicar a família Biden num tráfico de influências que, num mundo normal, levaria à prisão por traição e inimaginável corrupção do actual presidente, do seu irmão e do seu filho, Carlson mostra o jogo todo, que é composto por mais ases do que aqueles que geralmente se encontram num baralho de cartas. E não porque seja ele a fazer batota. Acontece apenas que da manga dos batoteiros começaram a cair os falsos trunfos todos.
Lamentavelmente, o apropriado castigo de alcatrão e penas não chegará tão cedo. Os Estados Unidos da América são hoje um país bem mais fora da lei do que eram no século XIX.
Até porque não há aqui nenhuma acusação que seja ausente de eloquentes e materiais evidências, válidas em qualquer tribunal de justiça.
Fico espantado, sinceramente, como é que Tucker Carlson ainda não foi corrido da Fox News. De cada vez que o rapaz entra em directo, há muita gente a arriscar crises cardíacas.