quarta-feira, agosto 24, 2022

Destruir, delapidar, desmoralizar, dividir para reinar.

Um dos sinais mais evidentes do declínio civilizacional é a derrocada dos mecanismos de validação da lei, sejam eles legislativos, judiciais ou policiais. O que está a acontecer nos Estados Unidos e no Reino Unido é exemplo flagrante desse declínio. A polícia não policia o crime, mas está disponível para reprimir a opinião ou para executar coreografias em paradas do orgulho gay. As procuradorias não criminalizam os marginais, preferindo direccionar os seus recursos e a sua autoridade para perseguir os opositores políticos. As câmaras legislativas e municipais não estão interessadas em reforçar a lei e a ordem, porque tiram partido eleitoral do caos, mesmo quando os índices de criminalidade atingem níveis insustentáveis para a sociedade e a economia.



A lógica do quanto pior, melhor, infectou os aparelhos de estado no Ocidente, com especial incidência nos países anglo-saxónicos. O cumprimento da lei é visto como racista e fora de moda e a punição de actos criminosos é politicamente desinteressante, enquanto os cidadãos cumpridores, produtivos e contribuintes são constantemente espoliados pelo fisco, assaltados por malfeitores, molestados pelas inúmeras inspecções financeiras, ambientais, sanitárias e normalizadoras ao serviço da agenda elitista.

A desmoralização da classe média, a desvalorização dos pequenos negócios, o implacável assédio aos agricultores, é concomitante com o elogio do banditismo e a lógica da vitimização porque o que se pretende é castigar a autonomia, a independência e o livre arbítrio em favor da subsidiação, do servilismo e do uníssono.


E mesmo que as massas acabem por reagir, da única forma possível, que será pela erupção da violência, dado o apertado cerco onde estão a ser sufocadas, estarão na verdade a cumprir o objectivo último das classes dominantes e dos poderes instituídos, que é a criação do caos. O cenário dantesco em que as sociedades regridem ao estágio tribal, num perpétuo conflito de todos contra todos, é favorável ao estabelecimento da tirania.

As elites globalistas leram as páginas que Júlio César escreveu na Gália. E estão a agir em conformidade com os ensinamentos do ditador.