sexta-feira, agosto 26, 2022

Remco faz o que gosta: atacar.

Ontem, na sexta etapa da Vuelta, a primeira com uma chegada em alto que permitia fazer diferenças entre os favoritos, Remco Evenepoel assumiu a sua candidatura à vitória final, arrumando na última escalada com todos os adversários, à excepção do supreendente Enric Mas, que o acompanhou na jornada, apesar de nem por um momento ter passado à frente do belga (o espanhol é conhecido por recusar a filosofia de ataque ou a solidariedade com adversários).

Remco, que está apenas a fazer a segunda grande volta da sua carreira, deixou o favorito Primož Roglič, que entretanto já tinha ganho uma etapa e que era, de entre as principais figuras da competição, o melhor posicionado na tabela, a um minuto de distância e ascendeu ao topo da classificação geral.

João Almeida, que está a fazer uma Vuelta discreta e que, como quase sempre, parece nem sequer deter o estatuto de líder dentro da sua equipa, geriu bem o esforço, conseguindo chegar no grupo de Roglič, depois de, nos primeiros quilómetros da derradeira escalada se ter deixado atrasar significativamente. Está neste momento em décimo lugar na classificação geral, a quase dois minutos de Evenepoel.

Na Ineos, percebemos que Richard Carapaz não veio a Espanha para grandes feitos e que, se calhar, o líder da equipa será o russo Sivakov.

Quanto às expectativas de espectáculo, essas mantêm-se em aberto. É muito cedo para apostar num vencedor, com vários pretendentes ao pódio a manterem as suas ambições inalteradas.

Mas lá que Remco deu bons sinais da sua forma e das suas intenções, isso deu com certeza.